MÁ NOTÍCIA: Aprovado reajuste tarifário da Amazonas Energia (AmE) . Em torno de 40%.

Do site da ANEEL:
A ANEEL aprovou hoje (27/10), durante Reunião Pública da Diretoria, o reajuste tarifário da concessionária Amazonas Distribuidora de Energia S/A(AmE).

Para os consumidores residenciais (Classe B1), o reajuste será de 38,8%. Os novos valores serão aplicados a partir de 1°/11 para cerca de 900 mil unidades consumidoras localizadas no estado do Amazonas. Os encargos setoriais e o custo da energia foram os principais fatores que conduziram ao índice de reajuste da AmE.

Confira abaixo os percentuais por classe de tensão:

Efeito médio por classes de tensão*

Variação

Alta Tensão em média (indústrias)

42,55%

Baixa Tensão em média

39,10%

Média Ponderada (Alta e Baixa Tensão)

40,54%

Se considerados os últimos oito anos, a evolução da tarifa residencial da concessionária permanece abaixo da evolução do IGP-M e do IPCA para o mesmo período – conforme representado no gráfico abaixo.

   Encargos e energia.Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a Agência considera a variação de custos associados à prestação do serviço. O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais. Os custos típicos da atividade de distribuição, por sua vez, são atualizados com base no IGP-M.Os encargos setoriais (10,54%) e o custo da energia (24,11%) foram os principais fatores que conduziram ao índice de reajuste da Amazonas Energia.

No caso da AmE, o índice de 40,54%pode ser melhor entendido com o gráfico seguinte, que detalha a participação de cada um dos itens na composição do efeito médio:


A principal razão da elevação dos encargos setoriais foi a Conta ACR. Trata-se do financiamento utilizado em 2014 para cobertura de custos das distribuidoras com despacho térmico e exposição ao mercado de curto prazo, sem cobertura tarifária. A partir de 2015, esses valores começam a ser recolhidos via tarifa para quitação dos empréstimos.

O custo de compra de energia, por sua vez, foi pressionado pela elevação do custo médio de energia comercializada no Ambiente de Contratação Regulada (ACR-Médio). A Lei nº 12.111/2009 define uma repartição para os custos de geração em sistemas isolados. Os consumidores locais ficam responsáveis pelo pagamento do ACR-Médio e o restante é coberto com recursos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). O ACR Médio aumentou de R$ 192,61/MWh para R$ 295,10/MWh.

Mais informações sobre os reajustes tarifários podem ser consultadas no endereço eletrônico www.aneel.gov.br, perfil espaço do consumidor, no link Conheça a sua conta de luz. (JS)

*O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).

COMENTÁRIO MEU: Traduzindo para o popular: Dilma diminuiu o preço para ganhar a eleição. Agora apresenta a conta para os consumidores pagarem. É isso. Só isso.