Há cerca de duas semanas atrás o vereador Joaquim Lucena, PSB usou a tribuna da Câmara Municipal de Manaus para elogiar a prefeitura de Manaus pelo belo trabalho realizado na Escola Municipal Guilherme Barbosa Baker, no Bairro de Santo Antonio.
Na ocasião o parlamentar disse que a escola deveria ser modelo para as demais escolas da cidade, pois atendia as necessidades do aluno. Pediu a base aliada do prefeito que pudesse executar o mesmo trabalho nas demais, que se isso acontecesse, ele seria o primeiro a usar a tribuna todos os dias só pra agradecer.
Hoje a história foi bem diferente, pois esclarecido os fatos Lucena retornou na tribuna, mas dessa vez para declarar sua indignação com o fato da Secretaria de Educação está maquiando as escolas.
O parlamentar constatou que a sala de informática que fora apresentado a ele, hoje não existe mais, foi desmontada e levado os computadores sabe-se lá pra onde. “É uma vergonha o que estão fazendo, é preciso tomar uma providência rapidamente”, disse. Joaquim convidou a base da situação para visitar a escola e constatarem com seus próprios olhos, o que o secretario de educação está fazendo. “Eu quero que vocês visitem comigo a escola, para não passarem por mentirosos, porque vocês estão defendendo algo que não existe”, argumentou.
Por fim o socialista disse que retira todos os elogios que foram dados a escola e que não quer de forma alguma que esse modelo seja seguido. Disse também que é uma pena que o voto de confiança que tinha dado a prefeitura tenha de ser retirado, por conta de enganações. “Bem que nós tentamos elogiar algo dessa administração, mas eles também não cooperam”, desabafou.
Da assessoria do vereador Joaquim Lucena.
Ilm.Sr.Vereador Joaquim Lucena,
Suas palavras foram pérolas para todos que estão passando por essa situação desrespeitosa. Meu pai, Paulo da Costa Santos, tem 71 anos e ainda trabalha como feirante na Manaus Moderna. Foi com esse trabalho muito digno, que sustentou minha mãe, meus sete irmãos e uma neta. Hoje, todos com nível superior. Lembro-me que meu pai acordava todos os dias às 02:00 horas da manhã, para ir à feira escolher as melhores verduras para serem colocadas à venda no dia seguinte. Até hoje, ele ainda vive essa rotina. Isso é a vida dele. Tivemos muito orgulho quando esse feirante, que mal sabe escrever seu nome, subiu diversas vezes nos palcos das universidades onde formamos para nos entregar aquele singelo “anel de formatura”. Homem simples, que diariamente veste camisa, bermuda e sandália para trabalhar, nesses dias de muita festa usava um belo paletó, que mesmo assim mostrava bem seu jeito modesto. Acredito que a alegria maior naquele momento era dele, expressadas nas lágrimas que brotavam dos seus olhos. A sua segunda alegria, depois da família, sempre foi trabalhar na feira. E é esse direito que querem roubar dele. O direito de trabalhar na única coisa que sabe fazer: vender verduras e frutas. Passe Na Manaus Moderna, Galpão de Letra B, Box 31 e conheça um orgulhoso feirante, cuja pressão alta o tem atormentado desde o dia da possível “venda” das feiras. Nos ajude! O que ainda pode ser feito?
Francineide Batista dos Santos