A Fundação Alfredo da Mata realizou um processo eleitoral para escolher o seu novo diretor. Disputaram dois candidatos e Ronaldo Amazonas obteve mais de 60% dos votos. Isso foi em novembro de 2010.
Hoje se tem a notícia de que o Governador Omar Aziz decidiu nomear o segundo colocado, ou seja, o perdedor.
É um erro desnecessário, principalmente porque a justificativa não é a de que o Ronaldo não seja competente, capaz, trabalhador e preparado. Isso é inquestionável e todos os que trabalham no setor de saúde do Estado ou do Município sabem, e muito bem. A razão de ele ter sido preterido é exatamente por ter trabalhado na minha administração como diretor do DISA-LESTE e, por razões óbvias, ter manifestado a sua opção política. Isso é um direito pessoal de todo cidadão.
A história nos dá boas lições. E busco na história mais recente que eu vivi, ninguém me contou e ainda nem está escrita em livro algum, dois exemplos.
O primeiro, no final dos anos 80. Naquela altura, pela segunda vez na sua história, a Universidade do Amazonas foi às urnas escolher o seu Reitor. Venceu a eleição o professor Marcus Barros. Era a figura mais importante do PT que fazia oposição ferrenha a nível nacional ao Governo Sarney, da Aliança Democrática (PMDB-PFL).
O tempo passava e a nomeação não ocorria. O deputado Ézio Ferreira, presidente do PFL do Amazonas, e figura proeminente do PFL nacional com livre acesso ao então Presidente Sarney, inquietou-se com aquilo e foi ao Presidente. Sarney disse-lhe que o MEC estava vetando porque Marcus era do PT. Em resposta, Ézio com aquele seu jeito de caboco disse:
“Presidente, ele é do PT, mas ganhou a eleição.”
Sarney ficou calado por alguns segundos e chamando um assessor disse:
“Prepare o decreto. Se ganhou, não importa de que partido seja. Vou nomear.”
O outro exemplo tem também como referência o Marcus Barros. Em 1999, ele venceu a eleição para o cargo de diretor do INPA, além de ter sido o primeiro colocado no exame do Comitê de Busca, presidido pelo cientista Warwick Kerr. O seu nome foi enviado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e houve um veto do então senador Gilberto Mestrinho com quem Marcus havia disputado as eleições para o Senado no ano anterior.
Ele desejava que fosse nomeado outro integrante da lista sêxtupla. Era Governo do PSDB, e FHC era o presidente. Tinha dificuldades no Congresso, principalmente no Senado, onde o PMDB tinha a maior bancada e não nomeou nem Marcus, nem qualquer um dos outros integrantes da lista. Convidou para ser uma espécie de interventor o outrora presidente do Comitê de Busca, Warwick Kerr, renomado cientista, para um período de dois anos. Já em 2001, o MCT criou novo Comitê de Busca e o Marcus Barros foi, de novo, o primeiro colocado.
Naquela altura, o então deputado Arthur Virgílio Neto era o Secretário Geral da Presidência da República e o presidente Fernando Henrique chamou o Marcus Barros para uma conversa no Palácio do Planalto, presente além do Arthur, o Ministro Ronaldo Sardenberg, do MCT. O presidente disse na presença deles que estava assinando o decreto de nomeação em homenagem ao mérito e que não importava que Marcus fosse do PT.
Citei esses dois exemplos para mostrar como fica pequeno o ato do governador quando comparado com apenas dois exemplos. Lamento que esse seja o caminho trilhado pela administração que está começando.
Quanto ao Ronaldo, o meu abraço e a minha solidariedade. Não esmoreça, vá em frente, continue sendo o profissional dedicado que você sempre foi, razão do reconhecimento e da admiração de todos.
A vida continua.
Serafim,
Imagine se o TRE/AM seguisse o exemplo? O Alfredo seria governador. Hoje,temos no jornal “A crítica” que a coligação do governador utilizou da polícia militar e civil em sua campanha eleteitoral. Será que nosso juízes não enxergam isso ? Dr Ronado nossa solidariedade.
SERAFIM,
IMAGINE SE O TRE/AM, resolvesse seguir o exemplo ? O Alfredo Nascimento seria o governador.
Hoje, o jornal “A crítica” noticiou que policiais militares e civis trabalharam para campanha da coligação do governador.
Será que os juízes e desembargadores não enxergam isso ?
Nossa solidariedade Dr Ronaldo.
SERAFIM,
IMAGINE SE O TRE/AM, seguisse o exemplo do governdor? O Alfredo Nascimento seria governador.
HOJE, O JORNAL A CRÍTICA NOTICIOU QUE POLICIAIS MILITARES E CIVIS TRABALHARAM PARA A COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR.
E OS JUÍZES E DESEMBARGADORES NÃO ENXERGAM ISSO ?
NOSSA SOLIDARIEDADE AO DR RONALDO.
Parabéns Sarafa pela sua belíssima análise!
Estive presente hoje no momento da manifestação dos servidores da Fundação Alfredo da Matta e o que vi e ouvi lá foi uma manisfestação extremamente organizada e que denotava visivel insatisfação com a atitude antidemocrática do Governo. Vi também o Secretário Alecrim vaiado e escurraçado num verdadeiro corredor polonês, formado pelos Servidores que gritavam, entre outras palavras de ordem, FORA A TIRANIA E A DITADURA, protagonizada por um Secretário descomprometido com as causas da mais importante e mais antiga Fundação de Saúde do nosso Estado.
Espera-se que o Sr. Governador reveja sua posição e respeite a tradição eleitoral daquela instituição que há 28 anos adota o processo de escolha do seu diretor pelo voto direto e secreto, o que vem sendo respeitado por todos os governos anteriores.
Prezado Serafim,
Penso que você está equivocado com relação ao motivo do Dr.Ronaldo Derzi ter sido preterido e ao senhor Chirano. É público e notório que para o Sr. Wilson Alecrim diretor de Hospital e de Fundação tem que ser médico e ele ja deixou isso bem claro em algumas entrevistas na televisão, além é claro de alguns interesses da direção anterior da Fundação. Penso que o Governador cometeu um erro HISTÓRICO, essas afrontas, atropelamentos, desrespeito a democracia não combinam com os dias atuais, infelizmente o governador foi ludibriado e os Servidores do Alfredo da Matta também. Ainda tem como reverter toda essa situação vexatória a qual o Governo do Estado foi exposto. Se mais de 60% dos servidores votaram no Dr. Derzi é porque querem ser administrados por ele, então pra que a eleição? Pensei que em pleno século 21 esses fatos não ocorressem mais, que vergonha.
Parabéns Serafim!
Pelo show de democracia que foi o seu governo.
Entendo ser muito bom um político ser conhecido como democrata, sabemos porém que democracia não vem de falações mas de ações concretas como esta protagonizadas por nosso Presidente na Epoca José Sarney, ao empossar o candidato da oposiçào, eleito democraticamente pela maioria dos votos. Por isso, Sr. Governo Omar Aziz que transparece ser um democrata, agora chegou sua vez de protagonizar na história um ato de um VERDADEIRO DEMOCRATA, empossando o candidato VENCEDOR NAS URNAS, não se deixando influenciar por pessoas antidemocráticas que fazem parte do seu governo procure pelo menos ouvir os funcionários desta renonada Instituiçào. Acredito em você de sua eleitora.
Está no youtube para todo mundo ver!
Não adianta divulgarem nos outros blogs que tudo ocorreu na mais pura paz. O Secretário de Saúde foi vaiado e ridicularizado pelos servidores conforme vídeo divulgado no link: http://www.youtube.com/watch?v=L38nZ6SNIm8
Realmente uma lição de história. O problema é que o próprio “Alfredo da Matta” está se esquecendo da sua história. O que mais espanta é que servidores que deveriam preservá-la, simplesmente a estão rasgando, o que é lamentável. O fato é que o Alfredo da Matta transformou-se de um exemplo político, para um “troço” qualquer. Talvez, como já disseram, “um anexo do tropical”.
Sr. Governador ter em seu governo um Secretário de Saúde DITADOR não cai bem! Fico penalizada com os servidores e nós cono usuários que vamos acabar sofrendo com essa imposição do governo de um candidato que a Instituiçào não quer, Veja no youtube, Fiquei chocada!!! Será que voltamos a ditadura.