Hoje em Canoas, a Justiça do Trabalho leiloou o Campus da ULBRA em Manaus e em outras cinco cidades do norte e do centro-oeste. Um grupo chinês arrematou. Vejam o comunicado distribuído agora a tarde.
O que a nota não diz é que essa venda objetivou pagar o passivo trabalhista da ULBRA no Rio Grande do Sul por conta de um acordo, digamos assim, “entre gaúchos” . Melhor diria “ uma esperteza” . Ora, se as dívidas eram de unidades do Rio Grande do Sul o lógico seria leiloar as unidades do Rio Grande do Sul.
Resgatei do site www.extraclasse.org.br matéria intitulada: “Sindicatos se reúnem com o juiz sobre leilão das unidades da ULBRA” da qual destaco os seguintes parágrafos:
“ HISTÓRICO – No dia 16 de fevereiro, a 3ª Vara do Trabalho de Canoas (RS) publicou edital de leilão de seis instituições da Associação Educacional Luterana do Brasil (Aelbra), mantenedora da Universidade Luterana no Brasil (Ulbra), nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, avaliadas em mais de R$ 1,2 bilhão.
A Justiça expediu autorização para venda judicial pela melhor oferta. Havendo licitante dos seis itens penhorados, não haverá desmembramento. A venda judicial não transfere ônus ao comprador, extinguindo débitos fiscais, cíveis, hipotecas, penhoras e outras restrições judiciais incidentes sobre o referido patrimônio.
O juiz Bonn Henzel acatou a posição manifestada pelo Sinpro/RS e da própria Aelbra de preservação da instituição Ulbra no Rio Grande do Sul. A decisão decorreu do ato preparatório, definido em agosto do ano passado, quando a 3ª. Vara do Trabalho de Canoas determinou a avaliação institucional para obter “a verdadeira radiografia patrimonial da instituição de ensino” e buscar uma solução definitiva para resolver o volumoso passivo trabalhista, estimado em cerca de R$ 300 milhões somente no Rio Grande do Sul. A avaliação de todos os ativos da mantenedora Aelbra juntada aos autos soma um valor total de R$ 4,5 bilhões.”
Aqui a foto da reunião dos sindicatos gaúchos com o Juiz do Trabalho:
Ou seja, a venda da ULBRA/MANAUS transfere para o grupo chinês o patrimônio livre de quaisquer ônus. E preserva integralmente o patrimônio da ULBRA/CANOAS. Foi vendido aqui para que os professores gaúchos recebam seus direitos e preservem seus empregos lá, no Rio Grande do Sul.
E os professores amazonenses que tem direitos trabalhistas a receber vão se queixar a quem?
Fica claro que não houve um acordo, mas sim um “conluio” entre os sindicatos gaúchos e a Justiça do Trabalho gaúcha. “Tudo pelo Rio Grande” devem ter gritado ao fim da reunião.
Para contrabalançar o mínimo que poderia ser feito pela Justiça do Trabalho do TRT 11ª Região – Amazonas era mandar leiloar as unidades da ULBRA em Canoas para pagar os professores daqui.
Ou existe outra opção? Com a palavra a Justiça do Trabalho do Amazonas.