Que bela lição de luta. Vai chegar no seu objetivo. Tem a minha torcida.Serafim Corrêa
O sonho do agora advogado Werner de Albuquerque Lopes, 26, de se tornar juiz está cada vez mais próximo. O rapaz, diagnosticado na infância com poliomielite (ou paralisia infantil), o que acabou causando uma paralisia cerebral, venceu dificuldades e, em sua primeira tentativa, obteve a aprovação na prova de certificação da Ordem dos Advogados do Brasil sessão Amazonas (OAB-AM).
Werner explicou que a dedicação nos estudos e a maneira diferente de ver a vida, foi o grande diferencial para a aprovação. Ele contou que estudava mais de 12 horas por dia, durante quatro meses e que precisou abdicar da vida social para conseguir atingir o objetivo.
“A maior dificuldade foi a minha coordenação motora, já que eu tenho um pouco de dificuldade devido a doença, mas eu sempre tive apoio de amigos que escreviam pra mim, ou até mesmo alguém do curso. Além disso, em casa, minha mãe me dava todo o apoio, principalmente na construção das ‘peças’ processuais, para minha prova”.
O jovem, que tornou-se bacharel em Direito em janeiro deste ano, depois de concluir o curso pela Uninorte, escreveu sua peça processual na segunda fase do Exame da Ordem na área Penal. Essa etapa, segundo ele, é mais temida pelos candidatos. “Eu escrevi sobre um agravo em execução. Para ser mais prático eu tive que provar, em palavras, que um promotor de justiça acusava injustamente um suspeito de crime hediondo. Não foi fácil”, explicou.
Apesar de ser apaixonado pela área criminal, o foco de Werner em 2018, além de atuar na área, é ficar de olhos nos concursos públicos na área de magistratura. Por isso, vai continuar o processo de estudo.
“Vou correr atrás. Eu sei que a jornada é grande, mas eu sei que vou conseguir. Só de ver o orgulho da minha mãe e de toda a minha família nesta aprovação, já me deixa muito feliz. A partir de hoje eu um advogado e por enquanto, vou apenas advogar”, relatou o jovem.