Do d24am, por Geraldo Farias – DIÁRIO do Amazonas / portal@d24am.com:
Manaus – O governador do Amazonas, José Melo (PROS), esteve reunido, nesta terça-feira (17), com os presidentes e gestores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Ministério Público do Estado (MP-AM), Defensoria Pública Geral do Estado (DPE-AM) e da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), para tratar da situação financeira crítica do Estado, de mais cortes nos orçamentos das instituições e ajustes nas contas, segundo o deputado David Almeida (PSD), líder do governo na ALE.
Foram convocados para esta reunião os presidentes do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo; o presidente do TCE, conselheiro Ari Moutinho; o procurador-geral de Justiça do Estado, Fábio Monteiro; o defensor público-geral, Rafael Barbosa; e o presidente da Assembleia, deputado Josué Neto (PSD).
Em nota, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) informou que, na reunião, o governador “José Melo fez um panorama da situação econômica do Estado, que vem se agravando com a queda sucessiva na arrecadação e pediu união de forças para impedir que a crise tenha maiores impactos sobre os serviços prestados por estes órgãos à população”.
O deputado David Almeida explicou que a reunião teve o objetivo de definir os ajustes no orçamento do Estado. A grande preocupação do governo é garantir o pagamento de pessoal. Melo já declarou, anteriormente, a dificuldade em se fazer caixa para pagar o 13º salário dos servidores.
“Na reunião, o governador chamou os presidentes e gestores para definir os ajustes nos cortes de gastos do governo. As medidas devem ficar prontas até sexta-feira e devem ser enviadas para a Assembleia Legislativa e anunciadas na próxima segunda-feira”, disse David Almeida, sobre os ajustes finais na elaboração de mais uma reforma administrativa do governo do Estado.
O governo do Estado prepara mais um projeto de lei estabelecendo uma nova reforma administrativa para cortes de gastos devido à queda na arrecadação com a crise financeira. Entre as medidas esperadas, está a fusão de secretarias e demissão de servidores comissionados. “Serão medidas duras e até impopulares, mas, infelizmente, é a realidade para o governo continuar funcionando”, justificou Almeida.
No dia 6, início deste mês, o governador afirmou que o pagamento do 13º salário do funcionalismo público estava programado para ser pago em julho, a primeira parcela, mas não descartou a reprogramação do pagamento caso a crise econômica se agravasse. “O 13º (salário) continua programado, mas se a crise agravar, aí ninguém sabe. Não tem nada descartado, mas também não posso dizer que ‘dessa água não beberei’”, disse José Melo.
Um dia antes, o secretário de Estado da Fazenda, Afonso Lobo, informou que a situação financeira do governo do Estado estava crítica. “O nosso esforço é para que a gente consiga pagar o 13º salário, vamos fazer de tudo. Nós somos um dos poucos Estados da Federação que ainda não atrasou salários”, disse o secretário Afonso Lobo, ao apontar que a situação dos comissionados é instável e que poderá ocorrer mais cortes.
Comentário meu: Defendo esse diálogo desde março do ano passado. Conversando creio será menos difícil encontrar caminhos. Que sejam os menos dolorosos possíveis são os meu votos.