Em visita a vários bairros da cidade, o vereador Joaquim Lucena (PSB) constatou o abandono de espaços públicos sob a responsabilidade do poder público municipal. O que deveria ser usado pela população como local de lazer e descontração, vem sendo tomado por mato, lixo e marginais, que usam o espaço para roubar e comercializar drogas.
A Praça do Bairro São Francisco, tradicional por receber todos os anos centenas de religiosos na procissão, é um exemplo: há anos não recebe uma reforma, o que colabora para que os marginais tomem para si o espaço, aterrorizando os moradores.
Outro local é a praça de alimentação do bairro de Santa Etelvina, que se encontra nas mesmas condições, completamente abandonada pelo poder público. O bairro hoje é um dos mais perigosos da cidade e a tendência é que esse índice aumente, já que não existe espaço para os jovens, crianças e adultos se divertirem através de esportes e apresentações culturais.
O visível abandono dos espaços públicos pela Prefeitura pode ser fator agravante no aumento do índice de marginalidade na cidade, que dispõe cada vez menos de espaços para a diversão dos jovens. “Quando eu fui secretário de Assistência Social, criei vários espaços que ofereciam cursos profissionalizantes, dança e música. O atual prefeito acabou com tudo, sem deixar alternativa para os jovens”, observou Lucena.
No final do ano passado o vereador socialista apresentou diversas emendas ao orçamento de 2011, nas quais solicitava a reforma de praças e de quadras poliesportivas, mas todas as emendas foram recusadas, com a desculpa de que a Prefeitura já tinha um calendário de obras para o setor.
Lucena ressalta que em mais de dois anos de administração, pouco ou nada foi feito para mudar o quadro de descaso do poder público com estes espaços. “Dinheiro existe para fazer as reformas, a arrecadação do município foi umas das maiores dos últimos anos, só precisamos descobrir porque o prefeito está fazendo isso com a população”, observou.
As emendas apresentadas pelo vereador são as Leis de Diretrizes Orçamentárias, usadas pela população para apontar as necessidades nos seus bairros. O prefeito vem as ignorado, ano após ano.