De autoria dos pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o biólogo e filósofo Geraldo Mendes e o engenheiro de pesca Efrem Ferreira, ambos mestres e doutores em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo próprio Inpa, foi lançado o “Glossário Ilustrado: Meio Ambiente Aquático e Áreas Inundáveis da Amazônia, com ênfase em peixes”, obra voltada para a sistematização e o ordenamento de nomes populares e científicos de peixes, com informações básicas sobre a biologia e ecologia das principais espécies, bem como sobre o uso e exploração desses organismos. Além disso, outros organismos e o meio abiótico também estão contemplados, incluindo as atividades humanas que envolvem o uso, manejo e exploração no ambiente aquático e áreas alagáveis.
O Glossário é a primeira obra produzida pela Editora Inpa especificamente em ambiente virtual, com projeto gráfico pensado para o acesso digital. O livro já se encontra disponível no Repositório Digital do Inpa (acesso gratuito). De acordo com o pesquisador Geraldo Mendes, a obra (abrangente, ilustrada e descrita em linguagem simples e acessível), traz importante contribuição ao conhecimento científico e popular da região, especialmente das áreas úmidas, onde se concentra a maior diversidade biológica e socioambiental da região., razão pela qual, acredito, possa ser empregada como fonte de consulta não somente em universidades e centros de pesquisa, mas também em escolas do ensino básico e por todos aqueles interessados na Amazônia”.
O livro também se distingue pela rica ilustração da diversidade de peixes, plantas, aves, mamíferos, répteis e outros organismos, além do ambiente natural e das atividades humanas nele desenvolvidas. Outro diferencial é a montagem gráfica, permitindo que as imagens apareçam imediatamente, ao passar o mouse sobre o termo indicado com o signo fotográfico. O Glossário tem mais de 3.850 verbetes, aproximadamente 570 nomes de peixes, mais de 200 nomes de aves e 600 nomes de plantas. Também conta com abreviaturas latinas, prefixos e radicais gregos e latinos, além de radicais de origem indígena.
De acordo com o pesquisador Efrem Ferreira, na literatura científica estas palavras são comumente usadas nos nomes científicos das espécies animais e vegetais, muitas vezes nomes de partes do corpo têm sua origem em termos latinos e gregos, e na Amazônia a influência de termos de origem indígena é muito grande. Portanto, ao incluir esses termos no Glossário, os autores têm em mente “fornecer aos leitores, em um mesmo local, acesso a estas informações que de outra maneira iria levar um tempo enorme, e em muitos casos seria praticamente impossível encontrá-las”, ressalta Ferreira.
O Inpa também realizou, nos dias 18 e 19 de agosto, o IX Workshop de Tecnologia Social, com o objetivo de discutir as relações entre as tecnologias sociais e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, na região amazônica. A transmissão do evento foi pelo canal do Inpa no Youtube/Inpa. Referência regional, o evento propiciou uma rede de relações de pessoas interessadas em tecnologia social. O Workshop igualmente já se transformou em importante vitrine para a apresentação de iniciativas de tecnologias sociais desenvolvidas por pesquisadores do Inpa e de outras instituições parceiras da Amazônia.
Neste ano, o tema do da jornada abrangeu Tecnologia Social na abrangência dos ODS, da ONU, essencial à consolidação de estratégias e iniciativas movidas pela ciência na região. Durante o evento foram apresentadas iniciativas de tecnologias sociais relacionadas aos ODS na Amazônia. Dentre estas a contribuição da pesquisadora do Inpa, Jerusa Andrade, que compartilhou a contribuição do Instituto na área de tecnologia de frutos, mostrando o desenvolvimento de produtos como picles, farinhas, xaropes molhos e chutney a partir do abacaxi, banana, camu-camu, cubiu, pupunha, abóbora e tomate.