A redução, em alguns casos até a zero, do IPI da indústria automobilística fez com que ela tivesse o melhor mês de março de todos os tempos. Segundo a Folha de São Paulo de hoje :
A indústria automotiva voltou a bater recordes, como se a crise já tivesse ficado para trás após a redução do IPI sobre carros e a retomada do crédito. O setor teve no mês passado o melhor resultado de vendas para um mês de março. Foram vendidos 271.494 veículos – entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus-, volume 17% superior ao registrado no mesmo mês de 2008, conforme apurou a Folha.
Trata-se do segundo mês mais expressivo para a indústria automotiva, atrás de julho de 2008, quando foram vendidas 288.137 unidades. No acumulado, o setor também bateu recorde -foi o melhor primeiro trimestre da história, com o emplacamento de 668.314 veículos.
Essa redução que estimulou a indústria aprofundou a crise dos municípios principalmente os menores pela diminuição do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM, que é formado pelo IPI e IR. Se diminuir o IPI, obviamente diminui, também, o FPM. As entidades de prefeitos Brasil afora ameaçam como movimentos e, inclusive, paralisações.
Por essa razão o Presidente Lula, de Londres onde participa da reunião do G-20 telefonou ao vice José Alencar no sentido de que apresse medias compensatórias em favor dos municípios. No entanto, até agora nada aconteceu e a Ministra Dilma Roussef pediu paciência que o Governo está examinando o assunto. Na verdade, cobriram um santo e descobriram outro.
Isso é fruto do alarmismo propalado pela mídia golpista, subserviente aos interesses dos empresários!
O governo foi chantageado pelos empresários, com apoio da mídia golpista, com ameaças de demissões em massa! Felizmente no novo acordo, o governo exigiu que não se façam demissões! Se demitirem após o final do acordo, em três meses, será claramente um oportunismo dos empresários gananciosos, pois
esse recorde de vendas de veículos mostra que a crise não é tão grave no Brasil, pelo menos não no mercado interno; ela atinge mais as exportações!