O Senador Renan Calheiros e o deputado Henrique Alves já assumiram as presidências do Senado e Câmara, respectivamente.
Cada um está seguindo um caminho.
Renan, o do confronto. Henrique, o do contorno.
Renan anuncia que vai dar segmento ao pedido de impeachment do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, numa revanche, a meu ver, sem sentido e que tem três objetivos:
1) – Agradar setores do PT, por conta do julgamento da Ação Penal 470, mais conhecida como Mensalão;
2) – Revidar a denúncia feita pelo Procurador na semana anterior a sua eleição (a meu ver, foi um despropósito do Procurador pois teve dois anos e meio para fazer e não fez. Então, aguardasse mais uma semana. No entanto, isso não é motivo de impeachment);
3) – Criar um constrangimento para o MP de modo geral. A sua posição, portanto, é de confronto.
Já Henrique começou contornando.
Visitou o presidente do STF, Ministro Joaquim Barbosa, para dizer que não confrontará com o STF na questão do cumprimento da decisão na Ação Penal nº 470. A foto feita ao final do encontro e que ilustra este texto fala mais do que mil palavras.
Em relação aos 3.000 vetos que estão na fila está propondo um acordo pelo qual limparia a pauta. Seriam votados e mantidos todos os vetos em bloco até o veto dos royalties do petróleo. Na sequencia, seriam votados os vetos feitos na Lei dos Royalties e, a partir daí, a regra de votar os vetos em 30 dias seria obedecida. A proposta foi recebida com simpatia pelos diversos partidos, inclusive os de oposição.
Bem, mas agora para tudo porque o Brasil deixa de ser República e volta a ser Império. O de Momo, até quarta-feira ao meio dia, a partir de quando, em verdade, o ano vai começar.
Até lá.