A GRADIENTE, empresa que já foi uma das maiores empregadoras do Distrito Industrial, atravessa sérias dificuldades. A evidencia das dificuldades começa pelo número de trabalhadores: já teve 3.500 empregados e hoje tem apenas 70. A Fazenda Nacional penhorou a sua marca e pretendia leva-la a leilão, o que seria o fim da empresa. Diante da possibilidade de um parcelamento previsto pelo REFIS IV, a Justiça livrou a marca do leilão.
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Gradiente escapa novamente de ter marca penhorada
Por Alessandro Cristo
A Justiça manteve o mais valioso patrimônio da Gradiente fora do alcance do fisco federal. A gigante dos eletroeletrônicos, mais uma vez, escapou de ter sua marca leiloada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional graças a uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que negou um pedido de reconsideração feito pela União. O fisco tentou alterar uma decisão de urgência dada pela corte em julho, que suspendia o leilão para dar chance à empresa de parcelar seus débitos federais pelo novo Refis, regulamentado em agosto.
A nova negativa da Justiça aconteceu no dia 20 de agosto e foi publicada nesta sexta (4/9) no Diário da Justiça Federal da 1ª Região. No dia 31 de julho, a Procuradoria insistiu que os leilões fossem feitos. E ainda: que o valor arrecadado fosse revertido para saldar a dívida em impostos federais. Além da marca, também foi pedida a penhora das receitas de alugueis de imóveis da empresa. Segundo a desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, relatora do caso na 8ª Turma do TRF-1, “não há elementos nos autos que ensejem a reconsideração pleiteada, pois a agravada não conseguiu infirmar a convicção expressa na decisão que deferiu a antecipação da tutela recursal”. Por isso, ela negou o pedido do fisco.
Na prática, a decisão permite que a Gradiente continue discutindo sua recuperação com os credores. A empresa alegou em juízo que boa parte dos débitos cobrados – relacionados a contribuições sociais como o PIS – já estavam prescritos, e que o restante seria incluído no novo parcelamento de longo prazo criado pelo governo federal pela Lei 11.941/09, o chamado “Refis da crise”. O parcelamento permite o pagamento de todas as dívidas em até 15 anos, com abatimento em acréscimos, multas e encargos. Para entrar no programa, a empresa afirmou que está perto de concluir um plano de recuperação negociado com credores privados.
Se fosse concretizada, a medida radical do fisco, segundo a Gradiente, impediria que ela se recuperasse e voltasse a produzir normalmente. Os efeitos irradiariam nas dívidas já reestruturadas, na geração de renda e no retorno dos funcionários demitidos aos seus empregos. Até o ano passado, a dívida total da Gradiente ultrapassava os R$ 300 milhões. A produção em Manaus chegou a ser paralisada. A empresa classificou suas receitas de alugueis como a única fonte de renda que permite o pagamento da folha de salários e despesas básicas. É dessa fonte também que virão os recursos para o pagamento das parcelas do Refis da crise, no qual a empresa irá ingressar, segundo alegações feitas ao TRF-1.
O processo chegou ao TRF-1 levado pela empresa, depois que a 5ª Vara Federal do Amazonas ordenou o cumprimento da execução fiscal ajuizada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O juiz Reginaldo Márcio Pereira autorizou a penhora da marca e dos alugueis.
No entanto, para a desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, a marca é um bem de “difícil alienação e frágil liquidez”, que dificilmente garantiria a execução. Ela lembrou de caso semelhante julgado pelo TRF da 4ª Região no ano passado. A corte do Sul entendeu que “a marca, associada aos serviços que presta, é parte importante, se não essencial, do patrimônio da empresa”, e que a impossibilidade de usá-la “poderia inviabilizar definitivamente a continuidade das suas operações”, de acordo com o Agravo 2007.04.00.043484-5 relatado pelo desembargador federal Vilson Darós.
Maria do Carmo negou também a penhora dos alugueis, uma vez que a empresa se comprometeu a entrar no novo programa de parcelamento do fisco federal. Mencionando o artigo 620 do Código de Processo Civil, que prevê que a execução ocorra da forma menos gravosa para o devedor, a desembargadora pesou os prejuízos que a decisão traria tanto ao fisco quanto à empresa. Ou seja, se a empresa cumprir o compromisso de aderir ao parcelamento, o fisco ganha. Se não aderir e também não apresentar novas garantias, o fisco poderá novamente pedir a penhora dos alugueis. “A não concretização, pela agravante, das medidas relacionadas, seja o oferecimento de novas garantias ou o parcelamento administrativo da dívida, autorizam a exequente a postular, nos autos da execução originária, as medidas necessárias para garantia da dívida”, concluiu.
O Brasil tem uma das maiores cargas tributarias do mundo o que praticamente inviabiliza a geração e a manutenção de empregos, por conta desta voracidade desenfreada do Governo Federal por arrecadar impostos empresas como a Gradiente que já foi uma das maiores do Distrito Industrial e milhares de outras empresas quebraram e continuam quebrando em todo o país, com elas o sonho do brasileiro de sustentar a sua família com o mínimo de dignidade, desesperados muitos entram para o mundo crime, para o trafego de drogas na tentativa de sustentar as suas famílias, aí vemos o aumento da violência diariamente nos noticiários e a morte dos sonhos e a morte física.
Gradiente não esta morta…mais dois acertos falimentares.
(www.valoronline.com.br)
hoje no valoronline: 08/09/2009
Requerido: Gradiente Eletrônica S/A – Requerente: Garantia Real Empresa de Segurança Ltda. – Vara/Comarca: 2a Vara de Manaus/AM – Observação: Desistência homologada
Requerido: Gradiente Eletrônica S/A – Requerente: André Soares Menegat – Vara/Comarca: 6a Vara de Caxias do Sul/RS – Observação: Homologado acordo celebrado entre as partes
REVISTA ISTOÈ Dinheiro desse final de semana!!!
Staub vê uma saída
O grupo Jabil negocia acordo com a Gradiente e prepara emissão de US$ 200 milhões. Parte do dinheiro pode vir para a empresa brasileira
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http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/623/artigo151578-1.htm