Da coluna do Ilimar Franco, hoje em O GLOBO:
A área econômica do governo avalia que a guerra fiscal está deixando de ser um diferencial para a instalação de empresas no país. A Hyundai, a JAC, a BMW e a Land Rover vão decidir em função da proximidade com o mercado consumidor, os fornecedores e portos para exportação. O Sudeste e o Sul são preferidos, embora a Bahia possa ficar com a JAC. Por isso, o governo quer votar logo a alíquota estadual única do ICMs de importação. Não há intenção de atender o Espírito Santo, que tem um incentivo regional, de se fazer uma transição. Diz um ministro: “Eles mamaram 20 anos e ainda querem um prêmio de consolação”.
COMENTÁRIO MEU: Vejam que os paradigmas para instalação de empresas estão mudando. Antes, as empresas iam para onde davam mais incentivos fiscais. Agora, vale mais a “proximidade com o mercado consumidor, os fornecedores e portos para exportação”. Quanto a alíquota interestadual única para produtos importados será o primeiro passo para a alíquota única para produtos nacionais. Isso será fatal para a Zona Franca de Manaus. E como se vê da nota, o ministro ( imagina qual?) já tem o discurso pronto: o mesmo que agora faz para o Espírito Santo. E aqui, a ficha não cai.