Do Blog do Magno:
Numa conversa, há pouco, com este blogueiro, o governador Eduardo Campos (PSB) esclareceu que não está defendendo a recriação do Imposto do Cheque ou a chamada CPMF, nem tampouco liderando movimento algum nessa direção.
‘O que defendo é um amplo debate sobre a saúde no País, que envolva governadores, prefeitos e o Congresso para encontrar uma saída do subfinanciamento do SUS. O modelo atual, no qual a União deixou de repassar metade do que transferia há 30 anos atrás para os Estados é insuficiente para se manter uma rede pública de qualidade no País’, disse.
Em 1980, segundo ele, a União transferia 75% dos recursos da saúde para os Estados. “Hoje, esse percentual chegou a 46.7%, enquanto em Pernambuco aumentamos nossos investimentos no setor de 12% para 17%. É preciso que o Congresso e os governadores despertem para um debate sobre a saúde, porque aqui no Nordeste a maioria da população depende do SUS, algo em torno de 90%, enquanto no Sudeste isso representa 70%’, afirmou.
O governador disse, ainda, que o Governo não vai recriar a CPMF nem ele também deseja impor ao povo mais impostos à população. ‘Em quatro anos de governo, nunca criei impostos. Pelo contrário, reduzimos as alíquotas de energia, do gesso, da apicultura, do polo de confecção, enfim, de uma gama de setores. Sou contra, portanto, aumento da carga tributária, mas temos que debater o subfinanciamento da saúde no País’, destacou.
Interessante, por que os governadores querem esse dinheiro? Essa diminuição no repasse estava prevista há muito tempo, por que resolver discutir isso agora? O SUS realmente precisa de um financiamento extra, não há dúvidas, mas a forma como ele [Eduardo Campos] disse, omite o fato de existir um repasse da União diretamente ao município e essa é a razão da diminuição do repasse para o estado e que segue um dos princípios o qual o SUS opera, da regionalização ou distritalização.