Que vazio o Amazonas sem Gilberto! Pior para mim que não o via toda hora, embora fosse uma festa cada encontro nosso. Lembranças, análises, causos, tudo entrava no cardápio. Conversas eram sinceras, construtivas. No cemitério, não contive as lágrimas. É que tive de ficar frente para o Pacheco e o Luís Costa. Dei de cara com o Girardi, o Klinger, o Bernardo, o Arlindo, o Borges. Amazonino ouviu minha fala, os olhos em pontos vagos que o tirassem do sentimento de perda avassalador. Chorávamos. Cada um, na multidão impressionante do cemitério e do cortejo, sentia a dor a seu modo e por suas próprias razões. Para muitos, lá estavam a gratidão, a admiração, o respeito.
Trecho de “Gilberto Mestrinho”, do senador Arthur Neto (PSDB-AM), publicado originalmente no jornal Diário do Amazonas. Clique aqui e leia o artigo na íntegra. |