Comentário meu: Transcrevo abaixo noticia capta da FOLHA.COM, via France Presse. Vejam que o Ministro Aloisio Mercadante diz:
“Apesar de desconhecer o local da nova fábrica, o ministro garantiu que deve ser um lugar com banda larga, energia, portos e boas estradas para a importação de insumos e a exportação de produtos manufaturados.”
Ele não disse que os chineses irão para onde tiverem incentivos fiscais. Faço esse registro para reiterar o que venho dizendo: sem infra estrutura vamos continuar perdendo competitividade. O que eles querem? Banda larga, energia, portos e boas estradas. É tudo o que nós NÃO temos.
Leiam a matéria, a seguir.
Da FOLHA.COM, via FRANCE PRESSE
A implantação da fábrica da Foxconn no Brasil vai acontecer em duas fases. Entre 2011 e 2013 começarão a ser produzidos componentes para telefones celulares, notebooks, tablets e monitores de escritório. Já no período de 2014 a 2016, terá início a produção de aparelhos de TV de alta definição.
As informações foram dadas nesta quinta-feira pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Segundo o titular da pasta, serão produzidos no Brasil os “componentes críticos, estruturas e complementos, montagem e conclusão do produto”.
O fabricante taiwanês de componentes eletrônicos planeja investir US$ 12 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos, na construção de uma “cidade inteligente” que daria emprego a 100 mil pessoas.
Desse total, 20 mil seriam engenheiros e 15 mil técnicos especializados, segundo o projeto apresentado na terça-feira, explicou Mercadante, que integra a comitiva da presidente Dilma Rousseff na China.
A Foxconn, maior fabricante mundial de componentes para computadores que abastece empresas como Apple, Sony, Cisco ou Nokia, está presente desde 2003 no Brasil, onde tem cinco fábricas.
Apesar de desconhecer o local da nova fábrica, o ministro garantiu que deve ser um lugar com banda larga, energia, portos e boas estradas para a importação de insumos e a exportação de produtos manufaturados.
Mercadante prevê ainda que a “cidade inteligente” vai gerar novos negócios em áreas como a energia fotovoltaica.
Os engenheiros contratados no Brasil passariam um ano na China para treinamento nas fábricas da empresa no gigante asiático.
As fábricas da Foxconn na China foram cenário ano passado de grandes protestos sociais, após a morte, supostamente por suicídio, de 13 pessoas.
Após o movimento, a empresa aceitou conceder um aumento salarial de quase 70% em suas fábricas na China.
Maior exportador da China, com faturamento de US$ 100 bilhões ano passado, o grupo taiwanês tem um milhão de empregados, metade deles em Shenzhen (sul), na fronteira com Hong Kong.
Em março, a Foxconn anunciou o projeto de transformar as fábricas de Shenzhen em centros de desenvolvimento, reposicionando 200 mil funcionários no interior do país, onde os salários são menores.