Do Portal TERRA:
O coordenador nacional do Exame de Ordem e secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coelho, disse em entrevista ao Terra que a primeira fase do exame, que ocorre neste domingo, vai analisar apenas os “conhecimentos mínimos” necessários aos advogados. “O exame não terá pegadinhas ou qualquer armadilha para o examinado”, afirmou.
A primeira fase do exame será realizada em todos os Estados e no Distrito Federal, das 14h às 19h (horário de Brasília). Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela aplicação das provas, 121.309 candidatos se inscreveram para responder as 80 questões objetivas. Na última edição do exame, 106 mil bacharéis em Direito se inscreveram.
Segundo Coelho, a prova não será como um vestibular ou um concurso público. “O exame é apenas um teste de conhecimento mínimo para entrar na carreira, não podemos exigir o conhecimento de um advogado experiente ou de um doutor em Direito”, disse ao ressaltar que o exame deste domingo foi integralmente supervisionado por uma nova banca de especialistas da OAB, que respeitam essa “filosofia”.
O coordenador do exame também destacou uma mudança na prova em relação às edições anteriores. Ao invés de 100 questões objetivas, a primeira fase passa a contar com 80 perguntas, que devem ser respondidas em cinco horas. “O aluno terá muito mais tempo para pensar, para mostrar o conhecimento”, disse.
Coelho defendeu ainda o trabalho da Fundação Getúlio Vargas na realização do exame. “O que muita gente não sabe é que a FGV não elabora sozinha o exame. Ela desenvolve um banco de questões e a OAB, por meio de sua banca elaboradora, põe os olhos nesse banco e faz a análise crítica das questões”, disse ao citar o reconhecimento da instituição no mercado brasileiro. “Nós também não temos estrutura para aplicar a prova em todo o País, por isso a colaboração da FGV na logística do exame é importante”.
Reprovação
Questionado sobre os elevados índices de reprovação no último exame da OAB – 88,275% dos 106.891 bacharéis em Direito inscritos foram reprovados – o coordenador do exame disse que a expectativa para a nova edição é de melhora nos resultados dos estudantes que realizam a prova pela primeira vez.
“Os alunos que fizeram pela primeira vez o último exame tiveram uma aprovação bem maior em relação à média geral. Cerca de 25% foram aprovados. Isso demonstra que os atuais estudantes de Direito estão recebendo uma formação mais adequada”. Segundo ele, quem “puxa para baixo” a média é a repetência acumulada. “No último exame fizemos essa comparação. Apenas 5% daqueles que fizeram a prova duas vezes ou mais conseguiram aprovação”.
Para garantir a aprovação na primeira fase, o candidato precisa acertar no mínimo 50% da prova, ou seja, 40 questões. Na segunda etapa, que ocorre em 21 de agosto, os aprovados terão que redigir uma peça profissional e responder quatro questões. “Como o aluno vai ser advogado se não souber fazer uma petição? Cobramos o mínimo e esperamos um bom preparo. A OAB não têm que facilitar, o aluno que deve estudar mais”, disse Coelho.
Comentário meu: Votos de sucessos a todos os que vão fazer a prova da OAB neste próximo domingo.
É esperar para ver!!!
Recebi uma notícia pelo meu facebook, que deverá abalar alguns amantes pelo modelo atual do EXAME DE ORDEM:
Andre Sá Benevides
HOJE É UM DIA DE VITORIA PARA OS BACHARÉIS. A PROCURADORIA DECIDIU PELA INCONSTITUCIONALIDADE DO EXAME DE ORDEM REPASSEM A TODOS, TENHO EM MAOS O PARECER DO PROCURADOR DR. RODRIGO JANOT, AGORA VAI PARA O SFT..O EXAME ESTÁ POR ACABAR AO SER VOTADO NO SFT GRAÇAS A GANÂNCIA DA OAB. AGUARDEM OS ESTUDANTES UNIDOS, VENCEDORES SEGUINDO O RIGOR DA NOSSA CONSTITUICAO.
PARECER DO RE 603583– De todo o exposto, opina o Ministério Público pelo parcial provimento do recurso extraordinário, com a declaração incidental de inconstitucionalidade do inciso IV do art. 8º da Lei nº 8.906/94, por violação ao conteúdo essencial do direito fundamental consagrado pelo art. 5º, XIII, da CF de 1988, de forma a conceder a segurança impetrada pelo recorrente e afastar, tão somente, a exigência de aprovação no exame de ordem como requisito indispensável para inscrição como advogado nos quadros da OAB.
Brasília, 19 de julho de 2011.
Rodrigo Janot Monteiro de Barros
Subprocurador-Geral da República