ENTÃO, POR QUE NÃO VOTAR?

A presidente Dilma fez uma reunião com os presidentes de partidos e líderes dos partidos que a apoiam no Congresso para firmar um pacto de responsabilidade fiscal pelo qual não serão votadas até o final do ano matérias que gerem despesa, a chamada “pauta bomba”.

A imprensa nacional, em especial a Folha On Line, divulgou o fato e afirmou que, dentre outras matérias, a PEC que prorroga a Zona Franca de Manaus por mais cinquenta anos não seria mais votada este ano.

A notícia nacional repercutiu na imprensa local, obviamente.

O governador Omar Aziz que já tinha encontro agendado com a presidente em Brasília numa reunião do seu partido na qual declararam apoio à reeleição de Dilma Roussef e cioso das suas responsabilidades enquanto ocupante do maior cargo do estado cobrou uma posição. A presidente respondeu, como se não tivesse acontecido nada, dizendo que não seria desmoralizada.

O que aconteceu na reunião entre ela e seus lideres e liderados só quem dela participou pode falar, obviamente, mas é fato que se nada a respeito tivesse ocorrido, o assunto não estaria no noticiário.

Criou-se a dúvida e o embaraço.

A maneira de desfazê-los é uma só: a presidente tem sob sua liderança 410 deputados e para a PEC ser aprovada bastam 308 votos. Portanto, se é verdade que ela não quer ser mesmo desmoralizada basta determinar aos que lhe seguem que aprovem a PEC, antes do final do ano.

Restam apenas 14 sessões na Câmara e a pauta está trancada pelo próprio Governo que não retira a urgência do Marco Civil da Internet, e nem deixa votar.

Se for pra valer o que disse a presidente, ela tem que tomar duas decisões: destravar a pauta e mandar a sua base votar.

Agora se for só para continuar nos enganando, não precisa fazer nada e nada vai acontecer, mesmo. Apenas ela vai sair do episódio desmoralizada, caso a PEC não seja votada nas 14 sessões que restam.

Só isso.