Enchente: É preciso mais

O Amazonas está debaixo d’água e não se vê nenhuma ação por parte do Governo Federal. Já o Governo do Estado criou um cartão magnético pelo qual vai dar R$ 300,00 às famílias nas áreas alagadas. É uma medida apenas assistencialista e individual que ajuda o cidadão em dificuldade, mas é muito pouco para socorrer a população. Além do que está parecendo uma medida eleitoreira na medida em que a entrega é feita exatamente por futuros candidatos.

O que se espera dos Governos Estadual e Federal numa situação como a que estamos vivendo é uma operação de guerra. Os municípios têm os seus limites, mas são eles que estão fazendo alguma coisa no sentido de atender o coletivo. Por exemplo, pontes de madeira, transferência de pessoas, remédios, alimentos, etc.

Em minha opinião já está passando da hora da ação efetiva do Governo do Estado, com a presença de bombeiros, Polícia Militar, com o apoio logístico das Forças Armadas.

E como se faria isso?

Inicialmente criando um Comitê da Crise que gerenciaria toda essa situação. E esse Comitê seria integrado pelos três níveis de governo numa verdadeira ação conjunta com o objetivo de minorar o sofrimento das pessoas, inclusive evitando doenças graves que serão de maior intensidade na descida das águas. A partir daí uma verdadeira operação de guerra levando madeira, remédios, alimentos, transferindo pessoas das áreas de risco, enfim, salvando vidas.

É assim que entendo deva ser a ação do Estado como um todo.
Limitar a ação à distribuição do cartão é jogar as pessoas à sua própria sorte, sendo que elas ainda correm o risco de serem vítimas de atravessadores que terminariam comprando o cartão pela metade do valor.
Quanto ao Governo Federal lamenta-se que a viagem do Presidente Lula tenha excluído da sua agenda a questão imediata e relevante da enchente. Aliás, não é da tradição do Governo Federal ajudar nesses momentos. Sai bonito na foto, mas concretamente é muito pouco o que tem feito.

Aqui e alhures.

3 thoughts on “Enchente: É preciso mais

  1. Amazonino Estragando asfalo mendes, pede pra se afastar da PMM, ate essas manifestacoes aabarem, pra nao manchar seu nome, visando as prox eleicoe(2010), coloca Carlos souza pra se queimar e voltar como o Rei da cocada preta. Esse safadao que o povo colocou na PMM!

  2. Serafim,
    É angustiante acompanhar pela mídia o drama que atinge as vítimas da enchente em nosso Estado e essa angústia é ainda mais grave porque denota a falta de prevenção e planejamento do governo do Estado para enfrentar um fenômeno relativamente previsível. As ações implementadas, além de não serem coordenadas (esferas municipal, Estadual e Federal) não têm sido efetivas, imediatas e urgentes. Cabe a pergunta: como as vítimas da enchente terão acesso ao Banco? Esse cartão magnético dado pelo governador é eleitoreiro. Que falta de sensibilidade e de compromisso com o povo que o elegeu…
    Um Abraço
    Katia Vallina

  3. Caro Serafim,

    Essa do cartão…
    Aqui em Jutaí os colchões e os ranchos chegaram na primeira quinzena de abril. Ficaram armazenados no porto flutuante até ontem, quanto o José Melo veio fazer a entrega, juntamente com o cartão de 300 reias.
    Mas no período entre 15 de abril, quando os colchões e o rancho chegaram, até 07 de maio quando tudo foi entregue, aqueles que precisavam da ajuda devem ter sofrido bastante, hein??

    Agora, sobre a enchente em si, acho que a mídia foca somente nas consequencias. E nós vamos no mesmo caminho quando ficamos esperando que os governos ajudem. Claro, têm que ajudar, sim!!!

    A idéia da criação do comitê é boa. Mas é aquela história de resolver só o problema de hoje. E ano que vem?
    Acho que deveríamos aproveitar esse momento e retirar TODOS os moradores que estão com suas casas alagadas. Abrigá-los, cadastrá-los e construir casas para todos. Aquelas casas alagadas seriam destruidas.
    Por que isso?
    A maioria das casas que estão alagadas foram construidas em área de várzea. E área de varzéa não é área de terra firme. Um dia o rio vai tomar de volta, pois a ele pertence.
    Então por que não retirar agora essas pessoas e devolver ao rio a área de várzea desocupada?
    Veja o exemplo da cidade de Anamã. A cidade está completamente debaixo d’agua. É a evidência de que a cidade foi construida em área de várzea.
    Infelizmente queremos comparar as cheias do Amazonas àquelas do sul ou nordeste, causadas por chuvas torrenciais. Aquelas sim são mais difíceis de contornar.

    José Miguel
    Jutaí-Amazonas

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