Do Portal d24am:
Itens básicos da construção civil têm custo elevado no Amazonas
Manaus – No Amazonas, a telha e o tijolo, insumos básicos na construção civil, figuram entre os mais caros do País, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento foi feito com base nos preços praticados no varejo.
Ao custo médio de R$ 1.071, o milheiro de tijolo maciço no Estado é o mais caro do Brasil, enquanto o cerâmico, mais comum, ocupa a quinta posição. A unidade da telha ondulada é outro item que está entre os mais onerosos, com o terceiro maior valor médio do País.
O tijolo cerâmico, que fechou março com um custo médio de R$ 515 o milheiro, sofreu um reajuste de 2,4% em 12 meses, enquanto o tijolo maciço ficou com preço congelado no mesmo período. Já a telha, cuja unidade está sendo comercializada ao preço médio de R$ 40 no Amazonas, teve um aumento 14,2%, um dos maiores índices do Brasil.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção (Simacon), Aderson Frota, a produção de tijolos sofre influência direta da cheia, o que dificulta a extração da matéria-prima do insumo.
“Nós temos hoje no Estado uma fabricação quase que artesanal e isso limita a distribuição em escala e, talvez, por isso nosso tijolo seja um dos mais caros. Além da falta de modernização das indústrias, há o alto custo da energia elétrica. Mas acredito que isso vá melhorar com a utilização do gás nesse processo”, destacou.
Segundo o diretor executivo da Associação de Ceramistas do Estado do Amazonas (Aceram), José Henrique Silva, os preços médios praticados pelos fabricantes, congelados desde 2011, estão por volta de R$ 360.
“Quanto aos tijolos maciços, eles não possuem escala que se permita parametrizar, pois o mercado para este produto é restrito a churrasqueiras e decoração”, disse.
Valor do metro quadrado sobe para R$ 884
O custo médio do metro quadrado para construir no Amazonas subiu para R$ 884,11 em março, aponta o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Brasil, o valor médio ficou em R$ 865,03. No acumulado em 12 meses, o Estado teve um crescimento de 3,84%, inferior a média da Região Norte, que ficou em 5,73%.
O custo nacional da construção, que em fevereiro fechou em R$ 863,46, passou para R$ 865,03 em março, sendo R$ 457,60 relativos aos materiais e R$ 407,43 à mão de obra.
A parcela dos materiais apresentou variação de 0,22%, caindo 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,33%).
A mão de obra registrou variação de 0,14%, caindo 1,04 ponto percentual em relação a fevereiro (1,18%). Nos três primeiros meses do ano os acumulados são 0,84%(materiais) e 1,39% (mão de obra), enquanto em 12 meses ficaram em 2,50% (materiais) e 9,20% (mão de obra).
Comentário meu: A indústria oleira fica praticamente toda em Iranduba, fora da Zona Franca de Manaus e é a mais incentivada do Brasil. Por estar fora da Zona Franca goza dos benefícios daquilo que batizei há muitos anos de “Zona Franca de São Paulo”, pois vende para Manaus sem IPI, ICMS ( 17%) e PIS e COFINS ( 9,25%) e ainda assim é o tijolo mais caro do Brasil. Agora se aprovarem a extensão dos limites da Zona Franca como previsto no projeto encaminhado pela presidente Dilma ao Congresso após os conselhos de alguns “sábios” e “sábias” simplesmente o tijolo passa a pagar, pelo menos, mais 26,25% de tributos, o que significa dizer que o preço vai subir de 35% a 40%.
Estou fazendo esse registro agora para que depois não chorem dizendo que “a cigana me enganou”.