O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) divulgou nesta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa, um levantamento sobre o crescimento das despesas de órgãos e poderes no Amazonas, no período de 2018 a 2021. Os dados mostram, por exemplo, um salto de R$ 92 milhões para R$ 186 milhões, no período, de gastos com a Defensoria Pública, o que corresponde a um aumento de 102,17%.
“Fiz este levantamento para pedir uma reflexão dos poderes, dos órgãos, mas sobretudo, para uma reflexão da sociedade. A sociedade não sabe quanto custa, quanto cresceu a despesa dos órgãos. Eu elenquei Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria Pública do Amazonas”, disse Serafim.
De acordo com os dados apresentados pelo parlamentar, de 2018 a 2021, para uma inflação de 24,21%, as despesas da Defensoria Pública cresceram 102,17%, a da Assembleia Legislativa cresceu 60,48 %, a do Tribunal de Contas cresceu 46,64%, a do Tribunal de Justiça 32,96% e as despesas do Ministério Público, único órgão que ficou abaixo da inflação, 10,77%.
“Peço a reflexão a começar por nós, Assembleia Legislativa. Nós custávamos em 2018, R$ 286 milhões e em 2021, R$ 459 milhões. Houve ganho de produtividade, de eficiência, de eficácia? É essa a reflexão que estou pedindo a todos, sem que eu esteja fazendo qualquer juízo”, questionou.
O líder do PSB na Casa Legislativa também destacou a necessidade da transparência na administração das contas públicas que, segundo ele, é essencial para o retorno de serviços bons para a sociedade. “O que peço é a boa governança”.
“Você tem que estabelecer metas para saber se atingiu as metas. Não quero fazer juízo de valor. Importância na eficácia das suas decisões para fazer esse dinheiro voltar como um bem coletivo em favor da sociedade. São esses os dados. São esses os percentuais do crescimento e o que peço é a boa governança. A boa governança sempre avalia resultados. Avalia custo-benefício dos valores que foram gastos e se eles retornaram em bons serviços em favor da sociedade”, explicou.
Serafim ainda disse que é direito da sociedade ter conhecimento sobre os ganhos e gastos do funcionalismo público. “É a reflexão que peço sem fazer qualquer juízo de valor, porque acho que qualquer juízo de valor deve ser feito por todo cidadão que paga tudo isso”, concluiu.