Elias rebate criticas de Amazonino ao Ministério Público e ŕ Justiça

O líder da oposição na Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Elias Emanuel (PSB), usou a tribuna da Casa na manhã desta quarta-feira (19), para refutar a posição do prefeito Amazonino Mendes em carta aberta à sociedade e críticas que fez a segmentos da democracia como o Ministério Público e ao Tribunal de Justiça. Para o oposicionista, o prefeito não pode simplesmente jogar a toalha. “A ele foi outorgado o poder de gerenciar os interesses da cidade de Manaus.

O prefeito tem de ter a humildade de chamar o Dr, Francisco Cruz, que é alguém que ele conhece muito bem, que tem razoabilidade, que conhece a cidade de Manaus e explicar ao Procurado Geral de Justiça quais são as razões do aumento da tarifa do transporte coletivo”, destacou. Elias sugere que o prefeito faça uma peregrinação ao Tribunal de Justiça e converse com o Desembargador João Simões. “O prefeito não pode esquecer que é o gestor da cidade. Ele não pode simplesmente dizer que não agüenta mais.

Quem não agüenta mais assina carta de renúncia e vai para casa, veste o pijama e fica de frente para o Tarumã, mas quem está investido no cargo e sentado na cadeira, tem que assumir os ossos do ofício, porque é bônus trazer a frota nova para Manaus. Agora é ônus justificar para a sociedade o valor de R$ 2,75 na tarifa e aí o prefeito não quer arcar com esse ônus”, questionou. O parlamentar entende que política se faz com posição. “As vezes uma posição é agradável a todos, mas tem outras posições que são desagradáveis mas devem ser tomadas.

O prefeito não pode abdicar dessa discussão. Eu já coloquei meu posicionamento dessa tribuna. Sou contrário ao reajuste da forma que ele está acontecendo, acima de todos os índices inflacionários. Reajuste pode haver, dentro do limite do razoável”, argumentou. Elias comentou também sobre o discurso do colega Paulo De Carli (PSDB), lembrando que já ouviu até entrevista da presidenta Dilma Rousseff dizendo que não abre mão de garantias sociais conquistadas pela sociedade brasileira. “Espero que esse seja também o posicionamento racional de todos nós”, enfatizou, acrescentando que na CMM e em Manaus se festejou a vinda da Copa do Mundo. “Quero fazer parte dela como torcedor, como entusiasta do que vai ficar na cidade de Manaus.

Agora, não contem com o meu voto para restringir vantagens já conquistadas há muitos anos, como a meia passagem estudantil e a gratuidade do idoso. A FIFA que se dane. Eu, como cidadão, jamais irei votar contra o povo da minha cidade”, afirmou.