Por Marcelo Ramos
Os índices educacionais do Amazonas estão muitos distantes dos índices econômicos. Se nosso orçamento nos coloca entre 5 Estados mais ricos do país, na educação ocupamos posição vergonhosa nas avaliações nacionais, o que só demonstra que as riquezas geradas aqui, historicamente, não foram revertidas para a melhoria da educação do nosso povo.
A cada governo reacende a esperança de que virão novos tempos na educação pública. Até aqui, só frustrações.
Do atual governo, legitimado por mais de 60% dos votos, esperávamos a apresentação de um Plano Estadual de Educação com metas e objetivos educacionais a serem alcançadas nos próximos anos, com uma política salarial para professores e profissionais da educação, valorizando o tempo de serviço e a qualificação profissional, e com programas de assistência estudantil (bolsas de pesquisa e de monitoramento) para combater a evasão, a repetência e estimular os bons alunos.
Ao invés do esperado de um Governo comprometido com a educação, o Secretário apresentou na Assembléia Legislativa um projeto de reestruturação que se limita a criar mais de 300 cargos na estrutura da Seduc, todos funções gratificadas ou comissionadas e de livre nomeação.
O senador Cristovam Buarque definiu o eixo geral de uma política educacional ao afirmar:
“Todas as crianças precisam ter a mesma chance. Elas não podem ser discriminadas só porque nasceram em uma cidade muito pequena ou porque os pais são pobres e vivem em uma área de periferia. Elas devem ter a chance de estudar em escolas que são iguais às melhores escolas do país. Todas as escolas devem ter o mesmo padrão. (…) Professores e professoras bem remunerados(as), com meios de trabalho e ambiente adequados. Livros, currículo, computadores, tudo para ajudar a ter o mesmo padrão e a formar as crianças oferecendo-lhes a mesma chance…”
Podendo perseguir isso, o Governo do Estado, através da Seduc, preferiu criar mais de 300 cargos comissionados e funções gratificadas.
Marcelo Ramos é advogado e deputado estadual pelo PSB. www.deputadomarceloramos.com.br
Prezado Deputado,
É querer de mais de um governo que não dá valor a Educação. Infelizmente nossos jovens não conseguem ter uma boa formação educacional e nos últimos anos os professores baixaram a guarda para todos esses problemas. O sindicato da Educação, agora é aliado do governo, e não exige-se educação de qualidade para nosso povo.
Como nossos jovens enfrentarão o mercado de trabalho com o avanço tecnológico? Agora mesmo, está discultindo a implantação de uma nova planta fabril no PMI e questiona-se a qualidade de nossa educação.
A história mostra que os povos que investiram em educação nos últimos 40 anos, hoje estão colhendo bons frutos, com desenvolvimento intelectual,educacional e qualidade de vida de suas populações. E nós, estamos vendo o barco passar.