Como servidor da saúde convivo diariamente com os dramas dos profissionais que tentam fazer o melhor para o bem estar dos nossos pacientes. Não é justo dizer que o sistema vive em completo caos. Seria inclusive desonesto não reconhecer que ao longo dos últimos anos tivemos significativos avanços na saúde pública.
As cooperativas deram ao sistema uma qualidade pouco vista pelo Brasil. Digo com convicção que uma pessoa que sofra um acidente e seja atendida no PS 28 de Agosto tem infinitamente mais chance de sobreviver do que se for levada para um Pronto Socorro da UNIMED. A verdade é que na urgência e emergência o sistema público dá respostas muito melhores do que a particular.
No entanto, devo dizer que existem hospitais e hospitais e que infelizmente o Hospital João Lúcio não vem correspondendo às expectativas da população, sendo alvo de constantes denúncias que me chegam todos os dias. Já critiquei algumas vezes a direção daquele Hospital, conheço o Diretor Joaquim Alves das discussões do PCCS da saúde em que ele latia feito um Pit Bull nos debates na Prefeitura e miava feito um gatinho nos debates no Estado. Sua covardia foi um dos motivos que fez com que até hoje o PCCS do Estado não estivesse plenamente implantado.
Agora, como diretor do João Lúcio, ele tem a obrigação abastecer o hospital para o bom andamento da saúde, mas não o faz a contento. Tenho certeza que o Governador Omar Aziz e o Secretário Wilson Alecrim não estão devidamente informados sobre os problemas do hospital. Não creio seja de conhecimento deles que as goteiras tomaram conta da UTI pingando água até nos pacientes, os pacientes foram submetidos à fome crônica por ausência de frascos para nutrição enteral, a empresa responsável pela limpeza não cumpre o contrato devidamente e até dipirona começa a faltar. Se soubessem, por certo, mandariam para casa o diretor que tanto mal já fez à saúde em nosso Estado.
Não sou homem de recados, falo o que penso, e não tenho medo das ameaças daqueles que não têm compromisso com o Amazonas.
Até quinta!