Por Serafim Corrêa:
No momento em que se conclui a escolha dos novos dirigentes da UFAM com a vitória da chapa Sylvio Puga e Jacob Cohen sobre a chapa Hedinaldo e Nikeila, com a bonita e ativa participação de chapa Arminda Mourão e Iolete Ribeiro, cumprimento a todos e desejo êxito aos que assumirão em breve os destinos da nossa universidade federal.
Aproveito para contar um fato importante conhecido de poucos quando da escolha do Reitor no período de 1989 a 1993. Era a segunda vez que a UFAM escolheria o seu Reitor por eleição direta. Havia um pacto de que seria escolhido o mais votado. O Presidente da República, a quem cabe assinar o decreto de nomeação, era José Sarney (PMDB) e o Ministro da Educação, Jorge Bornhausen (PFL).
Marcus Barros foi o mais votado e de acordo com as regras deveria ser nomeado, mas ele era dirigente local do PT, Partido dos Trabalhadores, e por conta disso havia um veto a sua nomeação.
Ézio Ferreira era deputado federal pelo PFL e figura proeminente não só no seu partido como no governo federal. Soube do impasse e foi a uma audiência conjunta do Ministro com o Presidente. Direto e objetivo como era do seu feito pediu:
– Presidente Sarney, respeite o resultado das urnas. Eu lhe peço, nomeie o Marcus Barros que foi o mais votado.
Bornhausen cortou:
– Esse rapaz não pode ser nomeado. Ele é do PT.
(*) naquela época o PT era bicho papão
Ao que Ézio respondeu:
– Isso não importa. Ele teve mais votos e ganhou a eleição.E é isso que importa.
No Diário Oficial do outro dia Marcus Barros foi nomeado Reitor da UFAM.