A demora para o início da produção de petróleo fez o valor das ações da HRT Oil & Gas desvalorizar 69% em um ano. O valor caiu de R$ 1.830 para R$ 567 por ação na última sexta-feira.
Em 2005, a empresa adquiriu 21 blocos exploratórios, arrematados inicialmente pela companhia argentina Oil M&S em leilão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No entanto o primeiro poço de prospecção foi perfurado apenas em abril do ano passado, quase seis anos depois.
Com isso, a corretora estima que a HRT tenha amargado um prejuízo de R$ 224 milhões em 2011, com perspectiva de mais R$ 78 milhões em perdas para este ano.
Retomada da valorização
Atualmente, a companhia contabiliza quatro poços perfurados e dois em perfuração. Nos quatro iniciais foram descobertas reservas de gás, óleo e condensado. Até 2014, a HRT deve investir R$ 5 bilhões de recursos que já estão em caixa nos projetos em terra no estado do Amazonas e no mar da Namíbia, na África.
Com 55% de participação em 21 blocos localizados na Bacia do Solimões e 12 blocos na Namíbia, a empresa pretende alcançar a meta de 39 poços em fase exploratória ou em desenvolvimento até 2014.
No Amazonas, em dois poços a empresa encontrou gás (1-HRT-2 e 1-HRT-3), no terceiro foi detectado gás e óleo (1-HRT-1) e, no último (1-HRT-4), gás e condensado. Em 2012, foi iniciada a perfuração do poço 1-HRT-6-AM, no Bloco SOL-T-170, localizado no município de Tefé (a 630 Km de Manaus).
“O resultado é muito próximo da produção média de outros poços da região, o que se revelou bastante animador para a companhia”, informou em nota a assessoria de comunicação da HRT. Os poços da companhia ficam localizados a apenas alguns quilômetros do campo de Urucu, onde estão os poços explorados pela Petrobras.