Com o apoio de entidades da sociedade civil e parlamentares, a Frente Parlamentar em Defesa da Juventude foi lançada nesta quarta-feira. No evento, os convidados levantaram quatro temas que consideram prioritários para a Juventude: educação, saúde, violência e drogas. O coordenador da Frente, deputado Domingos Neto, anunciou que o grupo vai se dividir em comissões temáticas para ampliar o debate na Câmara.
A aprovação do Plano Nacional de Juventude e do Estatuto da Juventude, em tramitação no Congresso Nacional, também estão na pauta da Frente. A secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo, lembra que o Plano define as metas para o segmento nos próximos dez anos. “Já o Estatuto trata dos direitos da Juventude. É importantíssimo que façamos esse debate agora. E os parlamentares vão nos ajudar”, considera.
O presidente do Conselho Nacional de Juventude, Gabriel Medina, também pede a aprovação do Plano e do Estatuto no Congresso Nacional. No entanto, defende que os textos devem ser revistos. “O Plano, por exemplo, foi elaborado em 2004 e contém metas para o segmento naquela realidade. Hoje precisa ser atualizado”, explica.
Medina também lembra que o Conselho trabalha com foco em quatro temas: plano para educação, trabalho, drogas e consumo de álcool, assuntos que nortearam o debate na abertura da Frente.
Falando sobre educação, o ministro do Tribunal de Contas da União, Ubiratan Aguiar, defende o fim do vestibular, a ampliação das universidades e um ensino médio de qualidade.
Saúde e Violência – Com base no mapa da violência divulgado pelo Ministério da Justiça em 2011, o presidente da Central Única das Favelas, Preto Zezé, alerta para a vitimização do jovem negro no Brasil. “O jovem negro continua sendo a principal vítima de homicídios no país. E isso não está relacionado somente à pobreza. É também racismo. Temos que abordar isso”, enfatiza. Neste sentido, Domingos Neto explica que a Frente vai inserir o tema da violência policial na pauta de discussões da Frente.
Abordando o problema do uso do crack, a deputada federal Manuela D’Ávila lembra que é preciso discutir a questão com cuidado para evitar a excessiva criminalização do jovem. Para Severine Macedo, é preciso não apenas focar no crack, mas discutir a formação de políticas públicas que fortalecem as redes sanitárias de apoio ao usuário e de saúde.
Também estiveram presentes na instalação da Comissão, o governador em exercício do Ceará, Domingos Filho; o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Yann Evanovick; o presidente da Cufa, Preto Zezé; a diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marcela Rodrigues e o representante da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), Eduardo Bismarck.
Maria Carolina Lopes/ Repórter – JSB