DENGUE E MAU CARÁTER É COM ELE MESMO

Denunciei aqui no Blog o absurdo que é a Prefeitura ter acabado com a Orquestra Sinfônica e abandonado o espaço que foi totalmente depredado virando um criatório de dengue.

A sede da extinta Fundação Vila Lobos, no Parque 10, está abandonada e se transformou num criadouro de dengue (Foto: Bruno Kelly/A Crítica Online) – Leia no site de A Crítica a reportagem sobre o criatório de dengue da Prefeitura.

O prefeito, ao invés de tomar as providências para evitar o sofrimento do povo, mandou um dos seus assessores dizer que a última epidemia de dengue em Manaus tinha sido quando eu era prefeito em 2008.

Além de desinformado, é mau caráter. Até 2008 o combate as endemias em Manaus era feito pela Fundação de Vigilância Sanitária, órgão do Governo do Estado, e quando houve o surto a Prefeitura foi chamada a colaborar, o que fizemos de imediato. E o resultado dessa ação integrada foi a queda dos casos de dengue na cidade.

Ele foi governador três vezes e sabe que a questão não era com a Prefeitura, mas ainda assim mandou a notícia para os jornais. Só a partir de 2009 foi que essa responsabilidade passou para a Prefeitura, quando eu não era mais prefeito. Ele sabe disso, mas sem ter como justificar a sua omissão deu uma de João sem braço.

Resgatei os dados disponíveis sobre dengue no Ministério da Saúde. Existe lá uma série histórica que publico abaixo:

A tabela fala sozinha. Em cinco anos dele como governador ocorreram 47.716 casos de dengue com a média anual de 9.543,2 casos. Já nos seis anos seguintes foram 19.090, com média anual de 3.181,6. Portanto, a média anual do período dele é TRÊS VEZES maior. Ressalte-se que em apenas um ano, o de 2001, quando ele era governador aconteceram mais casos do que nos seis anos em que ele não era governador.

Realmente, dengue e mau caráter é com o Amazonino mesmo.