Existem duas prováveis justificativas para explicar a origem da expressão “pagar o pato”, sendo a primeira uma referência a uma história do século XV e a outra uma antiga brincadeira portuguesa.
De acordo com a história, um camponês passava pela rua com um pato, quando foi abordado por uma senhora que queria comprar o animal, mas não tinha dinheiro e por isso propôs pagar com “favores sexuais”.
Passado algum tempo, a mulher alegava que já tinha feito sexo suficiente para pagar o valor do pato, mas o camponês exigia mais pelo bicho. O marido da mulher chega à casa e encontra os dois discutindo e pergunta o motivo da briga. A esposa explica que o camponês queria mais dinheiro pelo pato que ela havia comprado. O marido, para evitar mais discussões, oferece dinheiro para o camponês, literalmente pagando pelo pato.
Outra possível teoria para o surgimento desta expressão veio a partir de uma antiga brincadeira praticada em Portugal. Um pato era amarrado em uma árvore e um participante, a cavalo, deveria cortar as cordas que prendiam o animal com apenas um único golpe de machado. Caso não conseguisse, o participante deveria pagar o pato e oferecê-lo ao vencedor.
Ambas as histórias ajudaram a construir o significado da expressão “pagar o pato” para o cotidiano, como algo que se paga e não obtém qualquer tipo de benefício.
Em inglês, a expressão “pagar o pato” pode ser traduzida para be the whipping boy ou to carry the can.
Exemplo: “Teachers are tired of being made the whipping boy for the issues that society creates for itself” (“Os professores estão cansados de pagarem o pato pelos problemas que a sociedade cria”) ou “She’ll have to carry the can again” (“Ela vai ter de pagar o pato de novo”).