Sem energia, não há desenvolvimento. Onde tem energia, tem desenvolvimento. Onde não tem, nada acontece. A foto abaixo fala por si.
Nos anos 70, as autoridades que cuidam do setor elétrico no Brasil apresentaram uma solução que seria definitiva para o abastecimento energético de Manaus, já que as cidades do interior, por serem sistemas isolados e independentes continuariam apenas com paliativos.
Era a Hidrelétrica de Balbina.
Nos anos 90, caiu a ficha: Balbina não gerava o suficiente para abastecer Manaus, cujo consumo continuava crescendo e tinha sido o maior desastre ambiental da região por ter alagado uma área enorme gerando pouca energia em relação aos danos causados ao meio ambiente. Vejam foto abaixo:
Aí, o discurso mudou. A solução viria do Linhão de Guri, hidrelétrica venezuelana, uma das maiores do mundo.
Essa ideia foi logo abandonada e a nova solução passou a ser o gasoduto Coari – Manaus. O gás que estava sendo reinjetado nos poços seria trazido pelo gasoduto para Manaus e aqui resolveria a questão da energia, baratearia o transporte coletivo porque os ônibus passariam a circular queimando gás e os táxis fariam o mesmo.
O gasoduto já foi inaugurado, mas a crise de energia continua. Inclusive, com duas bravatas de dois dirigentes da ELETROBRÁS que foram cômicas senão fossem trágicas: um disse que se em trinta dias não resolvesse o problema, rasgaria o seu diploma de engenheiro. Não resolveu, não rasgou e foi premiado com cargo na direção de ITAIPU. O outro disse que ia se mudar para Manaus até resolver o problema. Não mudou e continua morando em… Ipanema, que afinal ninguém é de ferro. E agora, com o escândalo da PETROBRÁS, surgiram fatos que colocam em dúvida se o principal objetivo do gasoduto era resolver a nossa crise.
Nos últimos anos o discurso mudou de novo: a solução seria o Linhão de TUCURUÍ. O Linhão chegou, estamos interligados, mas o problema não está resolvido e o cai cai continua. Dizem que é pela falta das linhas de distribuição em Manaus, mas que a solução definitiva mesmo só virá com a interligação do nosso sistema às Hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau no Rio Madeira. No interior, a terceirização em favor de produtores independentes, também, não resolveu o problema. Todos reclamam.
Nesse quadro, assume o Ministério das Minas e Energia o senador Eduardo Braga. Tem muitos desafios, a nível Brasil, mas precisa dar uma resposta às questões locais. E o que se espera é que ele busque a solução do crônico problema de imediato. O caminho para isso é não fazer os que seus antecessores fizeram, ou seja, em duas palavras, não enrolar.
Torço para que ele tenha sucesso e o Amazonas saia dessa crise que já se arrasta há muitos anos.