CPI da Pedofilia: Magno Malta tem que dizer quem, quando e como

Todos sabem que o ex-Prefeito de Coari, Adail Pinheiro e aliados, está envolvido nos mais diversos crimes, inclusive de pedofilia.

Isso é público e notório, mas ele só será considerado criminoso quando a Justiça assim decidir. Seus competentes advogados têm conseguido protelar todos os seus processos.

Quando eu era Prefeito de Manaus mantive um litígio com ele, então Prefeito, em torno da repartição do ICMS. Em Manaus, perdemos, mas em Brasília o STJ, por unanimidade da 2ª Turma, nos deu razão. Antes, porém, estourou a Operação VORAX, que terminou revelando as condições em que Coari vencia Manaus. Esse é um assunto entregue ao CNJ que proximamente deve dar a sua palavra final.

E foi a Operação VORAX que revelou o envolvimento do Prefeito de Coari e de outras pessoas muito ligadas a ele com a pedofilia. Daí, a CPI da Pedofilia, presidida pelo Senador Magno Malta, resolveu incluir Coari e Manaus no seu roteiro, atendendo até mesmo a manifestações de políticos locais sobre o assunto.

O senador capixaba chegou, instalou a CPI na Assembléia Legislativa e ouviu quase todos os que estavam listados, menos o próprio Adail e o empresário Otávio Raman, que agora deverão ser conduzidos a uma reunião da CPI em Brasília, sob escolta da Polícia Federal.

Nesse contexto o senador disse que tinha sido pressionado a não vir a Manaus, inclusive por deputados federais.

O senador tem o respeito de todos pelo seu trabalho de combate a pedofilia, mas no caso não cabe sujeito oculto ou oração sem sujeito. Tem que contar a história completa. Quem pressionou, quando pressionou e como pressionou.

Até porque todos sabem que Adail Pinheiro tem demonstrado ao longo do tempo ter amigos poderosos. Será que foram esses que pressionaram o senador? Podem não ter sido, mas aí fica a dúvida.

Por isso mesmo, para que não paire nenhuma dúvida sobre inocentes, que o senador tem que abrir a boca e contar tudo dizendo quem, quando e como.

16 thoughts on “CPI da Pedofilia: Magno Malta tem que dizer quem, quando e como

  1. É MUITA MAGNA-nimidade . Oh, Magno Malta, deixa a tua máscara lá no Senado e mostra tudo que aconteceu com os Don Juans de Creches da nossa terra .
    MAGNO MALTA , fica sabendo de outra coisa :

    Os criminosos daqui faziam toda essa orgia com o dinheiro que retiraram de Manaus ,depois de uma divisão muito mal explicada em que apareciam malas com 7.000.000,00 ( sete milhões) penduradas em forro de casas abandonadas de Coari .
    Só uns tarados de barranco fariam o que fizeram com cunhães podendo fazer com o melhor de Las Vegas .
    Em vez de ir para SING SING deveriam ir para o Puraquequara .

  2. Tenho acompanhado o farto material jornalístico produzido desde a chegada do senador Magno Malta a Manaus, para averiguar denuncias de pedofilia. Os fatos envolvem diversos políticos, entre eles o ex-prefeito Adail Pinheiro. Adail é famoso em nosso estado pelos desmandos que promoveu quanto estava a frente da prefeitura de Coari. Adail não deve ser julgado apenas pelas suas praticas envolvendo menores, mas por todos os crimes de corrupção pelos quais é investigado. Adail é corrupto conhecido e deve ser punido por isso. No entanto, me incomoda bastante o fato do senador Magno Malta dizer que foi pressionado por Deputados Federais a não vir a Manaus. Quem o pressionou? Que motivos levaram esse suposto deputado federal a pressioná-lo? Algum de nós estaria envolvido com crimes semelhantes? Algum de nós se coloca como aliado desta quadrilha? Essa resposta tem que ser dada, sob pena do ilustre senador se tornar leviano. Vou cobrar amanhã da tribuna da Câmara dos Deputados essas respostas. Enquanto deputado federal não posso admitir acusações genéricas sob pena de me igualar aqueles que supostamente tentaram pressionar o senador. Adail é corrupto e se as acusações de pedofilia se confirmarem deve ir para cadeia, pois lá é o local de pessoas como ele.

    Abraços,

    Marcelo Serafim

  3. Pois é, Sarafa.
    Mais um absurdo. Como a justiça e a imprensa podem se calar e proteger esses doentes, que estão acostumados com esse hábito nojento de disputar virgens e promover bacanais nas suas mansões e iates há mto tempo?
    Como disse o Malta, tem que acabar com essa conversa mole de que aqui e no NE é um lance cultural.
    Ontem o Datena citou ao vivo pro país inteiro ver e ouvir, nomes de envolvidos com pedofilia no Pará, mas sobre Manaus ele só falou sobre “gente graúda” envolvida. Pq o dono da afiliada da Band aqui que é pai, avô, tio e o escambau, não autorizou que o Datena fosse informado do nomes dos envolvidos pra ele falar no ar?

  4. Prezado Serafim,

    Concordo com sua nota sobre o assunto.
    O senador tem que falar os nomes dos deputados federais que o pressionaram,pois seu filho Marcelo é deputado e tenho certeza que ele não faria pressão,mas o senador generalizou,portanto seria muito bom um esclarecimento público.

  5. os moradores do municipio de coari devem estar envergonhados e todos sabem que tambem o atual prefeito esta envolvido até o pescoço tenho certeza que o senador magno malta vai mostrar toda sua forçã para que adail e sua quadrilha sejam desmascarados desta bandalheira e otavio raman o todo poderoso vai cair a mascara,este deputado que tentou impedir a vinda do senador malta deve ter parente envolvido ou foi a mando de adail para tentar impedir a vinda do senador a manaus,este deputado deve ter rabo preso com o adail ou deve ter pego grana para ajudar em sua campanha,se for mais fundo e todo sabe vai autoridades do judiciario e muito mais,como diz boris casoy isto é uma vergonha,abração cordial a senhor serafim corrêa.

  6. Q vergonha p/ o Amazonas nenhum senador, deputado estadual ou federal teve coragem de acompanhar o senador magno malta nas audiencias da cpi da pedofilia, onde esta a cpi da ALE q ia investigar as denuncias contra o pedofilo Adail, onde esta a policia q nao verificou a agencia de modelos q servia as perversoes dos politicos de Coari, a verdade e q o senador Malta tem razao a pedofilia faz parte da cultura do amazonense, tanto na capital como no interior meninas de 13 anos ja sao sexualmente ativas, politicos, empresarios, advogados, juizes, promotores,professores, padres todos tem o rabo preso e interrese q essa CPI nao ande.

  7. Tenho a plena certeza que tem mais gente importante envolvido. Principalmente políticos e grandes empresários.

    É muita gente que tem poder nas mãos envolvido.

    Sarafa divulga sobre o caso Wallace Souza também!

    Volta logo Sarafa! O Amazonas precisa de você!

  8. Se as fotos desses tarados pegando as menores chegassem a público, não ia ter uma mãe ou pai de família que não pedisse a pena de morte para esses monstros.
    O mundo não tem noção da desgraça que esses safados causam nas pessoas cujas vidas eles destroem.

  9. Realmente, o Senador Magno Malta tem q dar nomes aos bois de Manaus q ñ são o Garantido nem o Caprichoso pq são bois de vergonha na cara e moral. estes cretinos desgraçados q fazem mal às crianças e ao país em geral tem apodrecer na cadeia, estas escórias que se escondem sob o dinheiro do povo, enriquecem ilicitamente e praticam atos libidinosos com as nossas crianças, o Presidente Lula deveria tomar atitudes + drásticas contra estes pedófilos nojentos pq ele é o Presidente e tem netos, sobrinhos e deverá pensar q pode acontecer de um parente seu cais nas graças de um cretino destes.

  10. Parabens pelo comentário.Fui o 1º a denunciar Adail por corrupção e pedofilia através da Rádio Educação Rural de Coari, da TV Coarí – Canal 9 – Rede Vida de Televisão e do extinto Jornal Planeta Amazônia. Por isso fui perseguiudo e pra bem dizer expulso de Coari.
    Para aser franco, não acredito que Adail sinta nem dor de cabeça, porque ele mesmo já falou que “ninguém da justiça vai fazer nada contra ele”. Infelizmente, o dinheiro do gás é muito e tem mantido esse criminoso acima de toda a justiças desse estado e desse país, visto que ele foi cassado uma vez e o Ex-Ministro Mauriocio Corrêa lhe deu liminar favorável na calada noite. Eu já entreguei a deus. Não acredito na justija do meu país.

  11. e de cortar o coração a gente ver tanta ipuniade, esses monstros deveriam ja esta na cadeia a muito tempo, como e que um ordinario desses se diz homem do povo, e o pior e que ainda tem povo que acredita que um troglodita desse ainda seja inocente, as vezes a gente peca…pois um povo podre desses merece mesmo o prefeito e o ex prefeito que tem.

  12. todos nos devemos tomar vergonha na cara,e pará com ece jogo politico,isso acontece toda hora eh todo lugar em manaus no interior en todas as capitais e cidade do brasil e do mundo!temos intereses de julgar as pessoas somentes, e os pais que são os verdadeiros responsaveis q deixam suas filhas irem pra todo lugar e viver uma vida de liberdade xega a hora q quizer!! nada acontece com eles vamom cer coerente com a situação e naum hipócritas!!!! o mundo ta perdido os jovens estão nas drogas isso sim eh a verdadeira pedofilia inrrevessivel!!!!!! so Deus p nos livra de todas essas porcarias q no final é so politica!!!!!!!!!e nada mas……

  13. boa noite senador
    continue lutando
    cadeia neles
    pois as crianças ,,
    muitas delas acabam chegando loucura…
    muitas já estão com deficiência mental..
    .e em muitos outros casos…..
    a crianças e excepcional…crianças especiais E esses monstros abusam
    da pobre e indefesa da criança.
    .
    SENADOR DEUS ESTÁ CONTIGO ..

    CONTINUE…
    EM DEFESA DESSES PEQUENINOS Q GRITAM
    POR SOCORROOOOOOOO E NÃO SÃO OUVIDOS.
    .TEMOS CASOS Q AS MADRASTAS
    DEIXAM OS PAIS FAZEREM ISSO
    COM AS MENINAS E MENINOS…
    EMM OUTROS MILHARES
    A PRÓPRIA MÃE UMA MONSTRA PERMITE Q VIOLENTEM A PRÓPRIA FILHA OU FILHO…..SENADORRRRRRR O SR EXCELENCIA NÃOO PODE PARAR…..CONTINUE

    SE PRECISO FOR FALE COM O
    CONSELHO TUTELAR PARA INVESTIGAR,,
    ,CONTE COM A
    POLICIA CIVIL DA INTELIGENCIA
    PARA REUNIR PROVAS…
    E AINDA MAIS
    CONTE COM O DEPUTADO WAGNER MONTES
    CONVIDE HOMENS Q PODERÃO AJUDÁ-LO….
    DESEJO SUCESSO….PARABÉNS PELO EMPENHO….CADEIA NELESSSSSSSSSSSSSSSS CADEIA PARA ESSES MONSTROSSSSSSSSSSS…
    BOA NOITE

  14. Pedofilia é um crime comparado ao tráfico de drogas. O tamanho do buraco é maior, muito maior do que aparenta…. Ah.. e também está ligado ao Capitalismo desenfreado. Alias, o que não estaria ligado a busca pelo capital?
    Leiam essa matéria:(divulguem)

    Drogas e capitalismo – Quem são os verdadeiros criminosos
    Rosana Bond
    Se o leitor, acreditando na Rede Globo e similares, pensa que os verdadeiros e maiores culpados pelo inferno imposto ao povo brasileiro pelo crack, cocaína e maconha são os traficantes das favelas e subúrbios das cidades, está enganado. Essas gangues são apenas vendedoras varejistas, “funcionárias” de um patrão atacadista, e estão no degrau menos poderoso e rico de um gigantesco business capitalista nacional e internacional.

    Os donos, diretores e administradores dessa cadeia produtiva integrada à economia do imperialismo, embora se escondam em luxuosos edifícios e debaixo de seus caros ternos de executivos, podem ser plenamente identificados. São membros das classes dominantes. Financistas, empresários da alta burguesia e latifundiários.
    No Brasil, “respeitáveis” fazendeiros e banqueiros são os mais citados (o HSBC, Unibanco, Bradesco, Real, Credit Suisse e Bozano Simonsen já apareceram em denúncias).
    Na Colômbia e Peru, além do latifúndio e de bancos, também são apontados como “sócios” as Forças Armadas e políticos de vários calibres, inclusive presidentes da República.
    Porém, o comando do negócio é do USA. Foram seus governantes e suas classes ricas quem, a partir dos anos 1970/1980, implantaram e massificaram esse horrendo negócio, através principalmente da CIA (agência de espionagem/ inteligência), da DEA (agência de “combate” às drogas), do FBI (polícia federal) e do Pentágono (Forças Armadas).
    Extrema ironia: no resumo da novela, a denunciante Globo e os denunciados traficantes possuem o mesmíssimo patrão.
    Como tudo começou
    Hoje a droga movimenta cerca de 300 a 500 bilhões de dólares ao ano, é o 2 º ítem do comércio mundial, vencendo até o petróleo, só sendo superado pelo das armas. Ao contrário do que divulga o monopólio da imprensa, essa economia não nasceu e cresceu apenas como atividade de marginais, cartéis e máfias e sim foi algo planejado e montado pelo imperialismo (principalmente do USA) como um business . Se isso mata ou destrói seres humanos (até em seu próprio país) pouco importa.
    “O tráfico de drogas foi sempre um negócio capitalista, por ser organizado como uma empresa, estimulada pelo lucro”, diz a enciclopédia Conteúdo Global (*).
    A droga como gerador de renda para as classes dominantes e para o imperialismo vem desde séculos atrás, porém a “narcoempresa”, nos moldes em que existe hoje, começou a surgir na década de 1960 e solidificou-se a partir de 1970/1980.
    Foi nos anos 60 que os ianques enxergaram as mil vantagens políticas/ideológicas e econômicas que uma transnacional da droga poderia dar ao sistema.
    Sabe-se que desde 1963 os militares do USA e a CIA montaram “uma rede de produção e distribuição de narcóticos para gerar uma fonte de financiamento para futuras ações de contrainsurgência (guerras populares e movimentos de libertação na América Latina)”, afirma a Folha da História (*).
    E agrega: “No final de 1964, Philip Agee, agente da CIA, denunciou o começo da operação na Bolívia. Ali os generais Barrientos e Banzer, também agentes da CIA, construíram uma primeira rede”.
    Pouco depois, para criar um mercado consumidor maior, o USA não teve nenhum melindre em viciar seus próprios cidadãos: os soldados mandados ao Vietnã. Segundo Jansen (*) essa guerra (1964-1975) seria marcada pelo uso generalizado de drogas. “Cerca de 30 mil soldados estadunidenses se tornaram dependentes de drogas (notadamente maconha e heroína) para que continuassem estimulados no front “.
    O FMI participa
    Perto dos anos 1980, com a elevação do número de consumidores/viciados no USA e outros lugares, era necessário incentivar o crescimento das lavouras de folhas de coca e maconha, para sustentar o grande business . E isso foi feito com a participação do FMI e do Banco Mundial, na década de 80.
    Naquela época, suas medidas anti-povo em muitos países pobres resultaram na supressão de milhões de empregos. Conforme Jansen, isso “provocou uma transferência maciça de mão de obra para a economia dita informal e em particular para a produção de drogas, em países como Bolívia, Peru, Colômbia, Afeganistão”.
    Vejamos o caso da famosa Colômbia.
    Hoje o país produz cerca de 80% da cocaína do mundo. Isso só foi possível porque com o empurrão do FMI e Banco Mundial, na década de 1980 os fazendeiros deixaram de produzir café para produzir coca e cocaína. Ou seja, os latifundiários colombianos foram convidados pelos ianques a entrar na empresa. Aceitaram com gosto.
    Os gerentes do país passaram a autorizar empréstimos externos nos quais os dólares eram trocados por pesos, plano que ficou conhecido como Ventanilla Siniestra (Janelinha Sinistra). Com tal plano, verdadeira oficialização da lavagem de dinheiro da droga, autoridades colombianas “deram anistias tributárias, por meio das quais foram incorporados e legalizados os investimentos dos narcotraficantes”, afirma Jansen.
    Vejamos ainda o exemplo da Bolívia, onde o FMI e o presidente Paz Estenssoro também abriram as portas para o grande narco-negócio na década de 1980.
    Conforme Del Roio (*), em 1985 foi aplicado um plano econômico que levou os índices de desemprego a 30%. O FMI aconselha e pressiona para a liberalização geral.
    Então, “o presidente Paz Estenssoro, com o decreto DS 21.060 declara que todas as moedas cotadas podem ser depositadas nos bancos bolivianos, em qualquer quantidade e sem controle nenhum, com respeito total ao sigilo bancário em relação a sua proveniência. Os aplausos dos organismos econômicos internacionais foram generalizados. Significou o sinal verde para os grandes investimentos na coca. (…) Aconteceu que em pouco tempo no planalto de Chapare, o melhor terreno para a plantação, a população passou de 20 mil habitantes para 200 mil. Caso quase único de esvaziamento das cidades e retorno ao campo”.
    Com o aumento da produção, o chefe de polícia do Panamá Manoel Antônio Noriega já conseguia, entre 1984 e 1986, “exportar” ao USA 2 toneladas de cocaína e 500 toneladas de maconha do cartel colombiano de Medellín.
    Noriega era agente da CIA desde 1967. Ele participou de esquema clandestino organizado pela CIA de financiamento dos bandos paramilitares chamados de “os Contras” que atacavam o governo sandinista da Nicarágua, relata Jansen. Tal operação ficou conhecida em 1986 como o escândalo “Irã-Contras” (compra de armas no Irã para financiar os bandos na tentativa de derrubar os sandinistas).
    Em 1989, Noriega se proclamou chefe de Estado do Panamá, declarando-se em estado de guerra contra o USA. Resultado: 13 mil marines invadiram o país e o prenderam. O pretexto foi “combate ao narcotráfico”. Mas muita gente não acreditou. Para a CIA, ele era um perigoso arquivo.
    Como funciona
    No Afeganistão, a produção de drogas foi retomada depois da invasão militar do USA em 2001. Após a invasão, o país superou a Colômbia e se tornou o maior produtor mundial de drogas (principalmente ópio e heroína) e, em 2003, o negócio faturou 2,3 bilhões de dólares, mais da metade do PIB do país.
    Embora o comando da narcoeconomia seja dos ianques, sua estrutura é similar à uma transnacional e funciona em rede.
    Na América do Sul, na ponta da produção está o latifúndio, que planta coca e maconha.
    No Brasil, fazendeiros e camponeses pobres do sertão de Pernambuco (“polígono da maconha”), Maranhão, Tocantins e Mato Grosso são os mais citados.
    Os produtores latinoamericanos têm como sócios e protetores um numeroso segmento de políticos (até presidentes da República, como no Peru e Colômbia), militares, juízes, etc.
    A distribuição atacadista internacional costuma contar com empresários do chamado crime organizado (cartéis, máfias, etc).
    Todos esses departamentos do “narco-negócio”, embora poderosos, ficam com apenas 10% dos lucros totais. A distribuição varejista, a dos traficantes dos morros e periferias do Brasil, aquela que a Globo e o resto do monopólio ataca, é a raia mais miúda do business, não recebendo mais que uma parcela mínima desses 10%.
    O maior lucro do empreendimento, 90% do total, é dos bancos. “Respeitáveis” banqueiros, frequentadores das colunas sociais, deveriam estar nas páginas policiais.
    Diz a enciclopédia Conteúdo Global que o papel central da narcoeconomia como parte integrante do capitalismo é detectado no peso que a lavagem do dinheiro da droga possui hoje no sistema bancário internacional.
    No Brasil, os mais apontados em denúncias são o HSBC, Unibanco, Bradesco, Real, Credit Suisse e Bozano Simonsen.
    Há alguns anos, para facilitar a vida dos seus clientes da “narcoeconomia”, vários bancos criaram filiais em alguns países, nos quais vale tudo, e que são chamadas de paraísos fiscais.
    Conforme José Moreira Chumbinho (*), as drogas são uma das principais armas criadas pelo imperialismo em decadência. “O processo de domesticação econômica, ideológica e política, associada ao uso ‘voluntário’ e permanente de drogas completa o ciclo necessário para incapacitar os setores mais combativos da população”.

    O surgimento do crack
    Reproduzimos aqui alguns trechos de artigo de Ney Jansen, bastante esclarecedores:
    “Na década de 1980 jovens do bairro pobre de South Central de Los Angeles, Califórnia, foram devastados pelo crack. Em 18/08/1996 o jornal local San José Mercury News, publicou uma série de artigos sobre como a droga se apoderou daquele território.
    O que esteve por trás de tudo: o escândalo Irã-Contras e as ligações entre a CIA, DEA e os cartéis colombianos, protegendo a entrada de drogas no USA para financiar os “Contras” na Nicarágua. A citação (de Del Roio) é longa, mas merece ser reproduzida por extenso:
    “Os que possuem boa memória se recordarão do processo contra o coronel Oliver North, que terminou com sua condenação. Os autos desse processo demonstraram com nomes e fatos que por vários anos a CIA e a DEA estiveram em contato com os chamados cartéis colombianos, protegendo a entrada de drogas nos Estados Unidos. Tal operação servia para encontrar fundos ilegais para financiar as forças opositoras ao governo sandinista da Nicarágua.

    Através dos cristais que restam da fabricação da cocaína, é possível fabricar uma droga muito mais barata e mortal, adequada aos pobres, que será chamada de crack.

    Eis que os guetos negros de Los Angeles, onde o desemprego juvenil chega a 45%, pode ser inundado com o novo produto. Por cinco anos, de 1982 a 1987, os Contras nicaraguenses, com a cobertura de organismos oficiais (do USA), despeja 100 quilos de cristais de coca semanais sobre South Central (Obs: Total de 27 mil quilos).

    (…)A partir dessa atividade criminosa exercida contra os negros de Los Angeles, o crack espalhou-se pelas metrópoles dos Estados Unidos e de vários países latino-americanos.

    Esta é uma história para recordarmos quando vemos nas ruas de São Paulo (Obs: E muitíssimas outras cidades) as nossas crianças agonizando ou cometendo crimes porque viciadas em crack. Agora sabemos quem são os primeiros responsáveis”.
    O surgimento do crack na década de 1980 tem por antecedência o papel político que as drogas desempenharam no USA nas décadas de 1960 e 70.
    É nesse período que surge em 1966 o Partido dos Panteras Negras, organização da classe operária e da juventude negra do USA.
    (…) Além de destruir as sedes, prender e assassinar os militantes Panteras Negras, a CIA e o FBI passarão, em associação com narcotraficantes da América latina, a despejar toneladas de cocaína, maconha, heroína nos bairros negros visando a desarticulação política, levando à dissolução do Partido.
    Mumia Abu Jamal (2001), ex-militante dos Panteras Negras, comentou o papel do crack nas comunidades negras no USA:
    “Um espectro assombra as comunidades negras da América. Como vampiro, suga a alma das vidas negras, não deixando nada senão esqueletos que se movem fisicamente mas que estão afetiva e espiritualmente mortos.

    É o resultado direto da rapinagem planetária, das manipulações dos governos e da eterna aspiração dos pobres a fugir, aliviar-se, ainda que brevemente, dos paralisantes grilhões da miséria extrema.

    A sua procura de alívio se soletra C-R-A-C-K. Crack. Pedra. Chame como quiser, pouco importa; ele é na verdade, uma outra palavra para “morte”.
    Notas
    (*) Principais fontes: Drogas, imperialismo e luta de classes , Ney Jansen (sociólogo), artigo, revista Urutagua, no.12, 2007, Universidade Estadual de Maringá (PR); As últimas armas do império agonizante , José Moreira Chumbinho, A Nova Democracia nº 1, julho/agosto 2002; Verbetes do sítio http://www.conteudoglobal.com (enciclopédia virtual ) ; Mundialização e criminalidade, José Luiz Del Roio, in: Drogas: hegemonia do cinismo , Memorial. 1997; Folha da História , junho, 2000 in: Peru – Do império dos incas ao império da cocaína , Rosana Bond, Coedita, 2004

  15. Sinto Magno Malta não ser paulista, precisamos de pessoas assim no gorverno de SP. Admiro seu trabalho. Parabéns Magno Malta

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