O Governo do Estado tem anunciado Manaus como uma das cidades mais avançadas na preparação das instalações para a Copa do Mundo de 2014.
As obras da Arena, assim como outras obras de infraestrutura urbana, andam, segundo o Governo, no ritmo planejado, após o desmonte de entraves de financiamento e questões legais e burocráticas.
Acontece que tal verdade não se aplica às obras relacionadas a transporte coletivo e mobilidade urbana.
A Prefeitura de Manaus não dá mostras de medidas efetivas para a implantação do BRT e o Prefeito chegou a declarar que o projeto, outrora defendido por ele, era inviável.
Já o Estado busca condições para construir o Monotrilho, no entanto, encontra óbice no posicionamento contrário da Controladoria Geral da União – CGU, através da Nota Técnica n. 2476/DIURB/DI/SFC/CGU-PR, e, agora, no arquivamento, no dia 13.12.2010, dos pedidos de financiamento junto a Caixa Econômica Federal, através das linhas de crédito do PRÓ-COPA-TRANSPORTE, um no valor de R$ 200 milhões e outro no valor de R$ 600 milhões.
A situação do transporte público em Manaus foi definida pelo Ministério do Esporte no 1º Balanço das Ações do Governo Brasileiro para a Realização da Copa do Mundo Fifa 2014 – Janeiro/2011 como PREOCUPANTE, diante do atraso das obras, decorrente de problemas indicados pela CGU tanto no projeto básico, como na análise de viabilidade econômica do projeto que, por hora, inviabilizam a liberação dos recursos para a execução das obras.
A Copa do Mundo de 2014 é a chance, talvez a única, que temos de garantir investimentos para infraestrutura de transporte e o atraso na definição dos projetos precisa ser enfrentado com prioridade absoluta pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.
Marcelo Ramos é advogado e deputado pelo PSB. www.deputadomarceloramos.com.br
