Com 8,3 milhões de votos, PSB sai das eleições municipais como terceira maior força política

Com 8,3 milhões de votos obtidos no primeiro turno da eleição deste ano, o PSB é o terceiro partido com maior número de votos no país e o primeiro em prefeitos eleitos entre os partidos de esquerda. Os socialistas conquistaram 414 cidades, superando o PDT, com 334, PT, 256, PPS, 118, e PCdoB, 80. No ranking geral, o PSB vem atrás apenas do PMDB e do PSDB.

No segundo turno, o PSB ainda deverá disputar o comando de outras três capitais – Recife, Aracaju e Goiânia – e seis grandes centros urbanos – Guarulhos, Guarujá, Niterói, Mauá, Petrópolis e Olinda. Somados, esses municípios representam 4,8 milhões de votos.

O balanço foi apresentado na reunião da Executiva Nacional do partido, nesta quinta-feira (6), pelo presidente nacional Carlos Siqueira. Segundo ele, o crescimento em número de votos significa que o PSB avançou nos grandes centros, o que era o objetivo estratégico do partido. Além dos integrantes da Executiva, participaram candidatos a prefeito que disputarão o segundo turno, como Vanderlan Cardoso (Goiânia), Antônio Campos (Olinda) e Guti (Guarulhos).

“O resultado nos alegrou muito, foi um esforço coletivo e grande de todos nós, de centenas de milhares de companheiros que arregaçaram as mangas e venceram as dificuldades. A dedicação, a militância e a capacidade de cada um, em seus estados, foi fundamental para que o nosso partido tivesse esse processo de ascensão”, afirmou.

No primeiro turno das eleições, o PSB concorreu com 1.081 candidatos a prefeito, elegendo praticamente 40% dos postulantes ao cargo. No caso dos candidatos a vereador, disputaram 24,9 mil; 3,6 mil foram eleitos. Siqueira destacou que, em comparação com 2012, o número de candidatos a prefeito neste ano foi menor; mas o número de eleitos, maior. Além disso, o PSB elegeu 387 vice-prefeitos no primeiro turno.

Na reunião, o presidente afirmou que, com as eleições municipais, o PSB cumpriu uma etapa importante de sua história. Passado o segundo turno das eleições, o partido precisará traçar seu planejamento visando às eleições de 2018.

“Hoje, estamos iniciando a seguinte etapa: a preparação do nosso partido também para as eleições de 2018. 2018 será o ano absolutamente vital para a nossa agremiação. Acho que partimos de um patamar significativo de conquistas nestas eleições, mas (a eleição de 2018) também não será uma tarefa fácil. Será uma tarefa que exigirá de todos nós, especialmente daqueles que têm representatividade política e eleitoral, mas também de toda a militância, de todos os segmentos sociais, de todos aqueles que lutam para o engrandecimento do PSB”, disse.

Rendimento

O presidente nacional do PSB ressaltou que a disputa eleitoral de 2016 foi extremamente desfavorável aos partidos de esquerda. Mesmo assim, o partido conseguiu ser superior aos problemas e elevar o número de prefeituras já administradas.

“Nós, mais do que mantivemos, nós ampliamos o número de votos, o que me parece mais importante na medida em que conquistamos cidades bastante populosas e ricas, algumas delas”, destacou o presidente.

Abstenções

Para o presidente do partido, o grande número de abstenções registrado no primeiro turno das eleições deixou um recado claro a todos os partidos: as agremiações, inclusive o PSB, precisam se modernizar. Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 25,3 milhões de eleitores (17,58% do total) não compareceram às urnas para votar no primeiro turno.

“Isto tem um significado, isto é um grito, isto é um recado muito claro para que nós possamos também, para além de nos preocuparmos com as eleições propriamente ditas, tratar de modernizar as nossas práticas políticas e as nossas formas de fazer política. Nós estamos no século XXI e o Eduardo Campos sempre dizia que o mundo é digital, mas a política continua sendo feita de forma analógica”, defendeu Siqueira.

Assessoria de Imprensa PSB