Cláudio Roessing assume no Tribunal de Justiça

Do site do TJAM:

Claúdio Roessing assume Corte de Justiça

Aos 51 anos, o magistrado Cláudio Roessing é o mais novo desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Ele tomou posse na manhã desta quinta-feira (15 de outubro de 2009), em cerimônia realizada no auditório Desembargador Ataliba David Antônio, sendo exaltado por sua capacitação e experiência profissional, que o credenciam para uma brilhante atuação na Corte de Justiça. “Ganha o Poder Judiciário, ganha a sociedade amazonense. Tenho certeza de que, a firmeza de caráter, determinação e destemor, evidenciados no exercício da judicatura de 1º grau, farão do desembargador Cláudio Roessing, uma voz em prol da ética e da Justiça”, disse o desembargador Mauro Bessa, que fez a saudação ao novo desembargador.

Cláudio César Ramalheira Roessing, 52 anos, chegou ao cargo de desembargador pelo critério de merecimento, após 23 anos de carreira na magistratura. Graduou-se em Direito em 1982, pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e ingressou na magistratura em 1986.

A cerimônia teve início às 10h e foi aberta pelo presidente do Tribunal, desembargador Domingos Jorge Chalub.

O governador do Estado, Eduardo Braga, foi representado pelo secretário de Governo, José Mello, enquanto que o ministro Washington Bolívar de Brito representou o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Também integraram a Mesa Diretora o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Belarmino Lins (PMDB), o procurador-geral de Justiça do Amazonas, Otávio Gomes, e o presidente da OAB, Aristóphanes de Castro Filho, entre outras autoridades.

Os desembargadores Arnaldo Carpinteiro Péres e a Maria das Graças Pessoa Figueiredo foram escolhidos pela presidência da Mesa para conduzir Cládio Roessing ao plenário, onde ele prestou juramento e vestiu a toga de desembargador, cerimônia para a qual foi convidada sua esposa, a juíza Thelma Roessing e sua mãe, Ermelinda Roessing. Antes de tomar assento à Corte de Justiça, o desembargador foi condecorado com a Ordem do Mérito Judiciário.

Em discurso emocionado, o novo desembargador traçou momentos de sua carreira ao longo de 23 anos, relembrando as comarcas por onde passou, cargos que assumiu e momentos de sua vida pessoal, quando relembrou o incentivo que teve do pai, que também era juiz e do sogro, o desembargador Mário Verçosa.

Cláudio arrancou risos da platéia de convidados, quando lembrou passagens da vida familiar, ao lado dos filhos.

Ainda em seu discurso, Roessing prometeu corresponder à responsabilidade do cargo. “Quero, de pronto, afirmar que não vou decepcioná-los. Continuarei exercendo a magistratura como sempre exerci, com dignidade e no destemor de fazer Justiça. Alcançar o topo máximo da carreira da magistratura estadual significa o coroamento de uma vida dedicada ao nobre dever de julgar. Hoje chego a esta Corte, com a independência que sempre marcou a minha vida e ciente da responsabilidade de continuar distribuindo Justiça”, disse.

O novo desembargador falou também de sua experiência na magistratura. “Esse tempo vivido no interior proporcionou-me uma grande experiência de vida, onde o convívio com as comunidades mais carentes do Estado fez-me conhecer a simplicidade da pessoa humana”, complementou

O presidente da Ordem dos Advogados, seccional do Amazonas, Aristophanes de Castro Filho, foi o primeiro a falar após o discurso do novo desembargador. Em nome da classe, o advogado disse que a Ordem reconhece Roessing como um homem probo, funcionário público correto que “paga o salário que recebe do Estado”.

“Uma voz em prol da ética e da justiça”

Amigo de Cláudio Roessing há mais de 30 anos, o desembargador João Mauro Bessa foi encarregado de fazer a homenagem ao novo desembargador. Num discurso sensível e emocionado, Mauro disse que o juramento que o colega acabara de prestar, “é a renovação dos votos de bem servir à causa da justiça”

– É o compromisso de Vossa Excelência com o futuro deste poder e com as mudanças que ora se operam.

Disse ainda Bessa que o desembargador chega ao Tribunal sustentado nos pilares de sua formação humanística, capacitação e experiência profissional. “Tenho certeza de que a firmeza de caráter, determinação e destemor, evidenciados no exercício da judicatura de 1º grau, farão do desembargador Cláudio Roessing, uma voz em prol da ética e da Justiça” .

O desembargador observou que em menos de dois anos, o Tribunal de Justiça do Amazonas renovou a sua composição em mais de 40%.

– Trata-se de um novo Tribunal, sem qualquer relação com aquele inspecionado pelo Conselho Nacional de Justiça . São novos tempos. Hoje não há mais lugar para o tráfico de influência, para a interferência das forças políticas e empresariais, para o corporativismo. A escolha do Dr. Cláudio Roessing , ao cargo de desembargador pelo critério de merecimento, é a prova viva das mudanças ora em curso.

Para Mauro Bessa é induvidoso que o agora desembargador Cláudio Roessing, magistrado digno e determinado, muito contribuirá para a nova feição deste Poder. Conhecido no meio forense por seu temperamento enérgico, na realidade, “é uma das pessoas mais sensíveis que conheço, ético, de grande coração, vocacionado à causa da Justiça, determinado, estudioso e acima de tudo destemido, qualidade indispensável para um magistrado. Foi um grande juiz, será um grande desembargador”, vaticinou o orador.

Quem é o novo desembargador

Filho de Ermelinda e Ernesto Roessing, Cláudio Roessing César Ramnalheira Roessing É pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil pelo Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas (Ciesa) em 1999 e possui Mestrado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 2004.

Juiz da 2ª Vara Cível, leciona Direito Processual Civil e Teoria Geral do Processo no CIESA.

Já atuou como juiz eleitoral da 37ª (de 1999 a 2002) e da 32ª (em 1996) zonas eleitorais e possui uma grande produção bibliográfica.

Na sessão em que foi eleito desembargador, Cláudio Roessing recebeu 11 votos, ficando à frente de outros 9 postulantes à vaga. O juiz, que ocupava a 2ª Vara Cível e vinha compondo o Pleno do TJAM, foi eleito pelo critério de merecimento e já passa a ocupar a vaga do ex-presidente do TJAM, desembargador Francisco das Chagas Auzier Moreira.

Os dezesseis desembargadores aptos a votar participaram do pleito, que ocorreu em uma sessão extraordinária realizada no dia 29 de setembro, no Tribunal Pleno do TJAM, no 10º Andar do Edifício Arnoldo Péres, no Aleixo (zona Centro-Sul).

O presidente do TJAM, desembargador Domingos Jorge Chalub, abriu os trabalhos da sessão, mas foi o último a proferir seu voto. Na votação, a segunda colocada foi a juíza Carla Reis, com nove votos. O terceiro lugar foi dividido entre os juízes Jorge Lins e Jomar Fernandes, ambos com sete votos. No entanto, no critério de desempate, Jorge Lins formou a lista tríplice com Roessing e Carla Reis por ser mais antigo que Jomar Fernandes.

Na lista tríplice, o mais votado é automaticamente conduzido ao cargo. Os outros dois acumulam aparições que contam em futuras eleições. Quando um juiz aparece na lista três vezes consecutivas, é automaticamente conduzido à vaga de desembargador.

A eleição lotou o Tribunal Pleno com diversos advogados, servidores do TJAM, desembargadores aposentados, magistrados que não participaram da eleição e outros membros da classe jurídica.

Da última fila de cadeiras do Pleno, o juiz que saiu vitorioso no pleito acompanhou a votação ao lado de sua esposa,a também juíza Thelma Roessing.

Tão logo foi proclamado o resultado, Roessing ficou com os olhos marejados. Sua esposa, emocionada, comentou a vitória. “Ele tem merecimento”, limitou-se a dizer.

Emocionado, Cláudio Roessing disse que é com grande satisfação que chega ao cargo de desembargador. Segundo ele, o momento é de agradecimento. “Obedeci a todos os critérios e só tenho a agradecer”, disse.

Perguntado sobre como irá atuar, o novo membro do Pleno do TJAM disse que terá tranquilidade para julgar. “Estou tranquilo para desempenhar um bom papel e vou atuar da mesma forma de sempre”, complementou.

Para a vaga em questão apenas puderam candidatar-se os juízes que integram a quinta parte dos mais antigos magistrados da capital.