A democracia representativa vive uma crise no mundo inteiro. No Brasil, e em particular no Amazonas e em Manaus, essa crise é mais profunda. Não preciso dizer absolutamente nada, para convencer os que me dão a honra de serem leitores deste Blog, de ser esta a realidade.
Nesse clima, o mínimo que se poderia esperar seria um esforço na direção de resgatar a credibilidade da Assembléia, tão afetada por fatos públicos e notórios como, para ficar só num exemplo, a operação abafa da CPI da Pedofilia referente a Coari, que nada apurou e tudo escondeu para na sequencia ficar mais desacreditada perante a opinião pública com a vinda a Manaus do Senador Magno Malta, que em poucas horas descobriu fatos que a CPI da Assembléia não quis ver. Ou melhor, viu e fez que não viu.
Em dois dias, a Assembléia, por sua maioria, fez, ou permitiu que fossem feitas, coisas que aumentaram a sua perda de credibilidade.
A primeira, a participação de um teatro para dar ao deputado Wallace Souza a condição de vítima. Se não tinha condições de ir depor, não ia. Agora ir naquelas condições foi um teatro. Isso, do lado de cá da rua, está claro para todos. É zombar da inteligência do povo que pensa ao contrário.
A segunda, a reação de alguns atacando a imprensa que registrou o teatro e o deputado Luis Castro, que com serenidade e equilíbrio mostrou aos seus colegas exatamente o que o povo pensa diante daquilo que podemos chamar de ópera bufa. E aí o descrédito aprofundou-se: queriam punir o deputado Luis Castro, que no pleno exercício de seu mandato, não concordou em participar da encenação.
A terceira, é inacreditável mas é verdade, alguns deputados assinaram um requerimento de faz de conta, de brincadeira, indicando ao Governador do Estado o nome do deputado Liberman Moreno para assumir a Secretaria do Indio. Uma brincadeira de mau gosto, mas que foi distribuída à imprensa como se fosse coisa séria. E a imprensa, cumprindo o seu papel, divulgou. Resultado: constrangimento para o deputado Liberman e mais descrédito para a Assembléia.
Diante desses fatos, não se sabe até onde querem chegar, mas o certo é que as pessoas, cada vez mais, estão vendo claramente quem tem espírito público, trabalha corretamente e quem, para o dizer o mínimo, leva tudo na brincadeira.
Chega de brincadeira!
Chega a ser revoltante o descaso dos “representantes do povo do amazonas”, para com o seu eleitorado, esta ultima foi a gota d’água, fazer um requerimento fantasma (de brincadeira) com assinatura de varios deputados, e ainda divulga-lo na imprensa.
A Casa legislativa do Amazonas, devia era sofrer uma intervenção do judiciário, e deveriam ser feitas novas eleições para que o povo tivesse uma outra chance de eleger politicos decentes para representa-los na assembleia legislativa.
Essa é a qualidade de políticos que nos representam fazendo esta casa de um circo, onde a seriedade e a ombridade a muito foram expulsas dando lugar à ignorância e a mediocridade.
Deputados que não tem opinião nem personalidade para questionar os erros do governo, que se ajoelham aos pés do governador, não é de se estranhar esses “atos imorais” que envergonham quem tem vergonha.
Foi preciso o senador Malta vir de Brasília,descobrir novos fattos da pedofilia de Coari, pois os nossos deputados são incapazes e só vivem na molecagem.
UM ABRAÇO SARAFA
ATÉ A PRÓXIMA
DANIEL COSTA
Poucos tem espírito público. A maioria ignora o verdadeiro sentido da palavra política. Fazer política é buscar incansavelmente o bem comum. Nesse sentido, as ações dos verdadeiros políticos deveriam sempre voltar-se para essa realização mesmo contrariando interesses próprios ou de grupos. Os pseudos políticos amazonenses, entretanto, aprederam a fazer a não-política e tiveram ou tem ótimos professores. Recentemente, teve-se a oportunidade de verdadeiramente mostrar-se o que é fazer política, porém ficou-se no meio termo, não se teve coragem de romper definitivamente com totalidade das práticas da não-política, ocasionando a frustação daqueles que tem a percepção exata do que seja fazer política. E infezlimente voltamos a estaca zero. Nunca, porém, é tarde para se tentar corresponder a expectativa daqueles que apostam na ética, honestidade, honra, por fim, no bem comum.
Ats.
Janio Guimaraes
É Serafim o que dizes é a verdade nua e crua. Ainda bem que ainda temos MAGNOS MALTA. A propósito o homem vai ou não vai responder a consulta feita pelo Dep. Marcelo pra que ele diga quem foi, ou quais foram os Deputados Federais que fizeram pressão pra que ele não viesse aqui no Amazonas apurar na CPI da pedofilia.
Esse MAGNO MALTA SÓ VEM A MANAUS PARA PASSAR FIM DE SEMANA ANIMADO.
ESSE SÓ QUER REFLETORES .
Belíssimo o comentário feito pelo Jânio Guimarães e é fácil saber quem deve vestir as carapuças dos tipos de políticos citados pelo Jânio, é só comparar a Declaração de Bens no início e no final da gestão, de cada um dos que passaram pelos executivos Municipal e Estadual nos últimos 24(vinte e quatro) anos.
Ta enganado, o Senador Magno Malta, hoje no Brasil, é um dos maiores defensores dos direitos da criança. E a Pedofilia está acabando psicologicamente e fisicamente com muitas crianças Brasil a fora, onde políticos e empresários estão na lista dos pedófilos, infelizmente!
Punição a todos os Pedófilos, sejam eles quem forem!
Volta logo Sarafa!!!
O caso mereceria uma CPI por quebra de decoro parlamentar. Contudo, como aprovar uma CPI desse tipo quando a quase totalidade dos deputados – com exceção, ao que me parece, de Ricardo Wendling e Luiz Castro – assinou o “documento”?
A ALE se transformou num bloco carnavalesco, num coletivo de brincantes que se divertem às custas do erário. Suas Excelências perderam, por completo, a noção da realidade. Mas não perderam a noção do ridículo. Apenas decidiram rir às custas e do Povo que deveriam representar.
Com o comportamento que têm, Suas Excelências revelam algumas das excrescências do modo como lidam e exercem o poder que lhes foi conferido pelo Povo. Poder que usam e do qual abusam com interesses mais diversos… raramente o dos que os elegeram.
Tudo isso é o reflexo da população não saber votar a pura e simples troca do voto por rancho, dinheiro, promessas de emprego, cargos e vantagens pessoais, no período eleitoral o eleitor chega para o candidato e diz “Na minha casa são dez votos quanto o senhor dá pra gente votar no senhor” ou ainda, “Eu só voto em candidato que me da alguma coisa”. Esse e o resulado. Vota Brasil
É isso ai Zé Povinho,
O povo precisa aprender que urna não é vaso sanitário.
Esta politica de troca de favores, so serve mesmo para perpetuar no poder este bando de políticos corruptos que mandam e desmandam no Amazonas a varias décadas.
Precisamos lutar para que o povo receba educação de qualidade e assim esteja melhor preparado para escolher os seus representantes.
sobre CPI da Pedofilia e o questionamento de MARCELO SERAFIM:
Perdeu ótima oportunidade o dep. Marcelo Serafim em termos discursivos. Certamente está mal assessorado como esteve o pai, ou não tevE inteligência suficiente pra saber jogar com o desejo da mídia. O Homem é um ser do desejo, está é sua essência. E na cultura moderna esse desejo assume vários vetores de ação, a mídia é um deles. Marcelo precipitou-se em questionar de forma incisiva “o nome” de quem havia pressionado. Se soubesse trabalhar o desejo, ou se tivesse bem assessorado não precisaria “questionar” o Senador Malta. Era só deslocar o discurso com o enunciado: “interessante, de onde teria vindo tal pressão? Eu não sou do grupo do Adail, nem do Governador, quem então teria interesses em pressionar o Senador Malta?” Pronto!!! Ao invés de parecer birrento, com uma argumentação primitiva, mobilizaria o desejo da imprensa. Ela mesma iria às buscas – e não seria dificil encontrar algo – e ainda ficaria “bem na fita” com o Senador Malta, posaria como parlamentar maduro, crítico e como mocinho, jogando a “bronca” pro outro lado!
Da forma como fez, pareceu mais que estava preocupado em não ter seu nome envolvido!
É tudo uma questão de Análise de Discurso
e de boa assessoria, é claro.
Abraços
D.
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