“Esses índios são muito gozadores, gostam de rir e de se burlar dos outros, são extremamente brincalhões” (Theodor Kock-Grunberg. 1916). Quem ouviu vozes indígenas no Theatro Municipal de São Paulo naquele fevereiro de 1922? Essa pergunta pode ser feita com distanciamento crítico agora, cem anos depois da Semana de Arte
Categoria: Taquiprati
As crianças Guarani-Kaiowá e as avós do Brasil
” O quanto se pode aprender com a força que está guardada no povo e em sua língua, sobretudo sua capacidade de resistir à opressão” (Walter Benjamin – A hora das crianças). Oh! avós e mães deste Brasil varonil, suspeito que vós tereis interesse em conhecer como os Guarani-Kaiowá categorizam as
O perfume de Gengis Khan nas línguas da Amazônia
“Quem tem língua cortada não fala” (Provérbio Mongol. Séc. XIII) As línguas Nheengatu e Kambeba passam a fazer parte agora do currículo educacional das quatro escolas municipais indígenas de Manaus, atendendo reivindicação dos índios moradores de uma cidade que sempre foi cemitério de línguas e traz sepultado em seu solo
Faz escuro, mas eu canto, mesmo desafinado?
– Thiago? Onde estás? – Estou do outro lado do rio! (Marilza de Mello Foucher). – Não podemos ir juntos – disse Thiago de Mello: – Vou na frente, você fica aqui, espera um pouco e depois me segue e quando chegar lá, fingimos que não nos conhecemos. Ele atravessou
Num certo palácio, a ceia do amigo oculto
“Que o entusiasmo conserve vivas / suas molas,/ e possa enfim o ferro / comer a ferrugem / o sim comer o não”. (João Cabral, Cartão de Natal. 1994) Naquele palácio desenhado por um arquiteto comunista, com colunas “leves como penas pousando no chão”, eram treze as pessoas na última ceia