Confesso publicamente: eu roubei. Reincidi inúmeras vezes. Não sei se o crime já prescreveu. Faz tanto tempo. Foi no final do último governo do Álvaro Maia. Tinha eu sete ou oito anos. Sabe aquela antiga feira de Manaus que começava na rua Ferreira Penna, na altura da Silva Ramos? Pois
Categoria: Taquiprati
A gramática pode matar?
Noite de sábado (05/02). Duas vizinhas bebiam umas cachacinhas num boteco do bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, batendo um animado e escorregadio papo “baba-de-quiabo”. Eis que por volta das 23h30, já cheias do aço, como se diz em amazonês, começaram a berrar e a trocar palavrões. Auxiliadora Vasconcelos
O reverso da medalha: flores no velório dos índios
“Não entendo quem escolhe o caminho do crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto” (Alphonse Gabriel, precursor e inspirador do Centrão). Seus avós italianos, que nasceram perto de Nápoles, atravessaram o Oceano Atlântico para viver nessas bandas de cá do continente. O pai – um honesto vendedor de
A capivara, os índios e a boiada de guerra
O que a guerra da Ucrânia a 10.500 kms de distância tem a ver com o bairro de Aparecida? De que forma a invasão russa afetou os moradores que vivem em suas quinze ruas e treze becos outrora denominados com nomes sugestivos de Pau-não-cessa, Chora-vintém, Saco-do Alferes? Num deles mora
Dona Elisa e o diálogo de surdos na Ucrânia
“O diálogo é a invenção humana mais admirável de toda a história da humanidade (Jorge Luís Borges, 1981) O bombardeio promovido por Vladimir Putin deixou ilhados na Ucrânia alguns turistas brasileiros e cerca de 500 residentes, entre eles vários jogadores de futebol. Se o ataque russo acontecesse em julho de