Da coluna da Monica Bérgamo, hoje, na Folha de São Paulo:
Caos
O mutirão feito em Manaus pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para libertar presos que cumprem pena de forma irregular fez um diagnóstico dramático sobre a situação: de 35 processos analisados até o fim da semana passada, 25 tinham problemas -e os presos, que cumpriam penas, em sua maioria, por furtos simples, foram colocados em liberdade. O presídio Raimundo Vidal Pessoa, construído para abrigar 104 presos, tinha 750; os detentos se revezam para ir ao banheiro e até para dormir.
CAOS 2
E mais: na enfermaria, um preso paraplégico agoniza com escaras (crosta resultante da mortificação de tecido), já que mal consegue se movimentar. Os juízes que visitaram o presídio devem entregar um relatório a Gilmar Mendes, presidente do CNJ, afirmando que a situação é “caótica”.
CAOS 3
O CNJ já fez mutirão em seis Estados. De 7.000 presos que tiveram seus processos examinados, 2.000 foram libertados porque já estavam encarcerados há mais tempo do que previam as penas a que foram condenados.
Não gosto nem um pouco do Gilmar Mendes, por tudo de ruim que ele tem feito no supremo tribunal federal, mas se realmente ele é o responsável por essas correções das injustiças do judiciário brasileiro, nesse caso ele está de parabéns! Se não é ele, se for idéia de outro membro do CNJ, parabéns a quem for de direito!