Desejo aos meus conterrâneos um Natal cheio de paz e um 2012 que venha sem golpes contra a Zona Franca de Manaus e, bem ao contrário, renove as esperanças de todos nós num futuro pleno de segurança, a caminho da prosperidade. As últimas notícias do ano nos põem em alerta. Segundo denunciou o presidente do Centro da Indústria do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, nossa economia tem perdido excelentes oportunidades, pela dificuldade de aprovar alterações nos Processos Produtivos Básicos (PPBs): “em 2009, foram 33 novos PPBs; este ano, apenas 11”.
E porque não se conseguiu alterar o PPB dos calçados, a Adidas deixou de vir para o Distrito Industrial, preferindo instalar-se em outro país. Ou seja, forte lobby de empresas, sob a complacência do governo federal, inviabilizou esse ganho para o Polo Industrial de Manaus e quem terminou perdendo mesmo foi o Brasil, porque a empresa não se destinou ao Amazonas e nem ficou no País.
Se não houver adaptação no PPB, poderá acontecer algo parecido com a Red Bull. Fundamental que os incentivos fiscais se estendam às fabricantes de isotônicos e energéticos. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, demasiadamente ocupado em explicar suas estranhas “consultorias”, precisa ser claro e, uma vez que seja, optar pelo Amazonas. Seu Ministério retarda, faz tempo, a aprovação do PPB e o pior dos cenários seria a repetição do episódio dos calçados, que separou o Amazonas do empreendimento milionário que seria a Adidas.
Nosso polo de refrigerantes e concentrados começa a ser posto em cheque por interesses vindos das Minas Gerais. São, enfim, problemas os mais diversos que, felizmente, estão bem desenhados nas preocupações do governador Omar Aziz e seu competente secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Airton Claudino.
2011 foi ano duro: modens, tablets, o avanço da chamada PEC da Música. O governo federal adotou medidas de seu próprio alcance ou, como se deu no caso da PEC, não se opôs a que sua poderosa base parlamentar atuasse no sentido de enfraquecer a Zona Franca. O deputado fluminense, aliás, pertencente ao meu partido, apresentou a propositura certamente pensando no seu Estado. Mas estaria falando sozinho até hoje, se não tivesse contado com o apoio dos deputados governistas que constituem esmagadora maioria no Plenário e nas Comissões da Câmara. Espero, sinceramente, que, no Senado, se processe a reversão desse prejuízo iminente para o Amazonas.
O Amazonas é maior que tudo isso. Ele e seu povo. Ele e sua História. Ele e seu destino. Ele e seu futuro.
É com emoção, com sentimento, que lhe destino meu melhor brinde natalino e de fim de ano. Que 2012 lhe escancare os sorrisos que 2011 tanto negou.
Voltarei a assinar esta coluna logo no início do ano que se aproxima. Todas as felicidades do mundo para os queridos leitores.