O terremoto que assolou o Haiti vitimou onze brasileiros, inclusive a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, há vinte e cinco anos atás.
Zilda Arns era uma referencia no mundo quanto as questões da desnutrição infantil.
A sua morte é uma lamentável perda aos movimentos sociais, em especial os ligados a igreja católica.
É uma extrema e irreparável perda. A médica Zilda Arns, irmã do também sumidade cardeal D. Paulo Evaristo Arns, é um exemplo de militância a favor da eliminação da injustiça.
Muitos políticos deveriam ler sobre as ações dessa Senhora (com S maiúsculo.
Essa, sim, agiu politicamente. Fez obras eficientes e eficazes sem propaganda, sem pedir votos e nem ambicionar cargos públicos.
Uma pena com o que aconteceu no haiti,uma história política bonita,como primeiro povo de origem negra a se tornar livre na América, apesar de uma população tão sofrida com corrupção e catástrofes naturais,onde não conseguem se desenvolver devido a esses tipos de problemas.
INFELIZMENTE D.Zilda Ars estava lá na hora do terremoto, mais uma da lista do bem a tombar,felismente ela se foi fazendo aquilo para que foi chamada.
lamentável.
Daniel Costa.
Muito político corrupto que esconde dinheiro nas meias e nas cuecas, podiam ter embarcado primeiro que a Dra Zilda. Perda irreparável, lembrando que o índice de mortalidade neo-natal, caiu de 17% em 2006 para 13% quando da última comparação em 2007. 30 mil criançAS assistidas pela pastoral e 18 mil gestantes. Oxalá esses números não voltem a crescer…
“O Haiti é aqui.”
Não, o Haiti é lá onde ele sempre esteve esquecido.
O Haiti é a prova irrefutável de que Deus não existe. Se ainda aquele povo insiste em glorificá-lo, é porque foi condicionado — todos somos produtos do meio, cães famintos sob vigas que não se sustentam. Foram soterrados pela esperança. Alguém em suas crendices lacrimosas há de dizer, as mãos levantadas aos céus, que, pelo menos, a cruz do Senhor Morto ficou de pé. Ficou de pé porque era feita de boa madeira, ora! Não preguemos, a partir de amanhã, o milagre da cruz. Não há milagre que não seja sustentado pela própria morte para confortar os moribundos. Talvez apenas um milagre seja recomendado ali: o da união dos outros povos para reconstruir aquele povo e soerguer sua pátria carcomida pela fome.
Naquele instante trêmulo, onde estava Deus onipresente que não respondeu aos gritos de socorro? Onde estava Deus onipotente que não freou as lágrimas…? Ah, sim, “Ele escreve certo por linhas tortas”, ou seja: Ele mata por vias indiretas.
Por mais que também soframos com o olhar soterrado da criança, jamais, em tempo algum, sentiremos em toda extensão a dor da mãe. E desta vez, nem se pode creditar à mãe África a desgraça de existir… A tragédia está à porta para uma reflexão momentânea. Daqui a pouco, as notícias vão escasseando e não choraremos mais os mortos-vivos, nem os mortos velhos.
Se Deus existisse, decerto nos ensinaria tão somente uma lição. Uma que não cobrisse de escombros a vida suave de dona Zilda, nem deixasse órfãos dois milhões de crianças. Se alguém por aí adiante ainda teima que Deus existe, Ele está justamente nessa força medonha da natureza, não no homem que a destrói, não na imagem da catedral que foi ao chão.
Assim concluo: Deus é a tragédia do universo à imagem e semelhança do homem que o inventou. Basta olharmos para o Haiti.