Publicado originariamente em 11,06.2014 aqui no Blog do Sarafa.
As obras para que seja possível a reabertura da BR 319, estrada que já nos tirou do isolamento dos anos 70 até 87, ligando Manaus a Porto Velho, e está fechada há quase trinta anos, dependem de uma licença ambiental. Pelo menos essa é a desculpa há muito anos. Não vale dizer que a culpa é da Marina, porque ela não é mais nada no Governo Federal há sete anos.
A preocupação dos ecologistas, tipo Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente do Governo Lula, é a de que aconteça com a BR 319 o que ocorreu com todas as estradas brasileiras, ou seja, a ocupação de suas margens com entradas para um lado e outro formando o que chamam de “espinha de peixe”.
Ouvi, outro dia de um estudioso da questão, uma sugestão que achei pertinente, em parte, razão pela qual vou registrá-la para conhecimento dos que me dão o prazer de ler este Blog.
Segundo ele, a estrada só sai como estrada-parque, ou seja, nem de um lado, ou de outro pode ter nenhuma edificação ou plantio.
A sugestão dele é que o trecho que vai do Careiro-Castanho até o cruzamento da BR 319 com a Transamazônica fique sob o controle de um Batalhão Ambiental que teria dois quartéis, um no Castanho e outro em Humaitá, com no mínimo 100 homens em cada um, com veículos, para fazer a vigilância todos os dias. Semanalmente haveria o controle aéreo de um ponto ao outro. Com isso a estrada-parque ficaria vigiada.
No Castanho haveria um escritório do IBAMA que teria dois cargos comissionados de R$ 20.000,00 cada um a serem ocupados pelo Vitor Fasano e pela Cristiane Torloni. Caberia a eles dois, também, fiscalizarem a manutenção da estrada intocada de um ponto ao outro e para isso semanalmente iriam até Humaitá e na semana seguinte retornariam ao Castanho.
Ouvi a proposta, disse-lhe que a considerava pertinente quanto ao controle pelo Batalhão Ambiental, mas não conseguia entender a necessidade da presença dos dois globais, ainda mais com salários considerados elevados para a média do povo brasileiro, só alcançados por carreiras típicas de estado e pagos a quem se submete a concursos duríssimos.
Ele já irritado respondeu que não tinha mais paciência para ver os dois fazendo média a partir do Bar Garota de Ipanema, lá no Rio de Janeiro, fantasiados de ecologistas dizendo-se defensores da Amazônia e milhares de pessoas que poderiam ser beneficiadas pela abertura da estrada continuar isoladas. E que eles jamais aceitariam tais cargos, pois o que querem é fazer média, não é defender a Amazônia coisa alguma.
Compartilho com os leitores do meu Blog a proposta e o sentimento dele porque realmente é o que pensa uma parcela considerável de pessoas em relação aos ecologistas de Ipanema.