De ACRÍTICA.COM, por RAFAEL SEIXAS:
Os bancários do Banco do Brasil e de instituições privadas que operam no Estado do Amazonas retornam ao trabalho nesta terça-feira (27)
Após 21 dias de paralisação, os bancários do Banco do Brasil e de instituições privadas que operam no Estado do Amazonas retornam ao trabalho nesta terça-feira (27). Eles aceitaram a proposta de reajuste salarial de 10% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no último sábado. A decisão foi em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Bancários do Amazonas (Seeb-AM), localizada no Centro de Manaus.
Apenas os bancários da Caixa Econômica Federal e do Banco da Amazônia (Basa) não aceitaram a proposta e permanecem em greve por tempo indeterminado. Embora a tendência fosse de fim da greve em todo o País, a decisão de cada assembleia regional é soberana.
De acordo com o presidente do Seeb-AM, Nindberg Barbosa, nesta terça-feira (27) serão realizadas reuniões com os bancários das duas instituições que não aceitaram o indicativo da Fenaban.
“Vamos ter uma rodada de negociação pela parte da manhã. A Caixa Econômica não quer contratar (mais bancários), justificam dizendo que contrataram 200 bolsistas. Se não houver alguma modificação, deliberamos de novo”, disse.
Ainda segundo Barbosa, a proposta de 10% não é excelente, mas representou um avanço nas negociações com a Fenaban. “Nós queríamos 15% (entre 9,88% de inflação e 5% de ganho real), mas foi um avanço de 5,5 (da primeira proposta) de reajuste salarial para 10%. Haveria uma melhoria significativa nas condições de trabalho, se (os bancos) contratassem mais bancários porque assim cumpriríamos melhor a nossa jornada, não sendo assediado moralmente por conta da falta de gente”.
Números
A última proposta apresentada pela Fenaban ofereceu reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Em Manaus, 75% da categoria aderiu à greve nacional, totalizando 1.900 no Amazonas todo. Durante a paralisação, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas no País chegaram a fechar as portas para o público.