A execução do padre italiano Rogerio Ruvoletto no bairro de Santa Etelvina, somado a uma série de violências praticadas contra religiosos demonstra o grau de insegurança que estamos vivendo em nossa cidade. Todo o dia tem um noticiário repleto de notícias sobre crimes contra pessoas das mais diversas classes sociais. Não faço disso discurso político, nem estou aqui atribuindo culpa a A ou B, mas é evidente que o nível a que chegamos exige das autoridades responsáveis pela segurança e da sociedade de modo geral providências mais fortes.
É muito claro que precisa se fazer mais pela segurança pública, e principalmente, quanto a recursos humanos e meios para o trabalho para a polícia. Faltam delegados, faltam agentes, falta mais presença da PM nas ruas. Isso é uma constatação. Os efetivos policiais foram diminuídos pelas aposentadorias e/ou demissões e novos não entraram. Em muitas delegacias falta até cartucho de tinta na impressora.
Acresça-se a tudo isso, aquilo que considero o pior: a sensação de impunidade e os maus exemplos.
A violência específica contra os religiosos é algo que merece, a exemplo de todas as outras, a nossa repulsa. Pelas reiteradas ocorrências, não se pode descartar ser uma violência programada e planejada. A morte do padre Rogério teve repercussão nacional e internacional. Tal brutalidade deve servir para despertar o sentimento de indignação de toda a sociedade. E a resposta pronta das autoridades, com a elucidação dos casos, e medidas efetivas que melhorem a segurança da cidade.
A planejamento da morte de uma Juíza Federal não causou a indignação da sociedade. A morte de um advogado, conselheiro da OAB-AM também não. Idem, a morte do padre. Será que vamos esperar ser um de nós? Aí não haverá mais tempo.
É hora de acordar, sociedade organizada, antes que seja tarde.
Basta de violência!