As nossas fronteiras

Por Marcelo Serafim

Todo mundo sabe que o Amazonas é um estado continental. Em nosso estado cabem mais de uma dezena de países Europeus e isso nos custa caro. Nosso tamanho associado as dificuldade que temos com transporte e locomoção interna fazem com que o Amazonas seja um dos mais complicados estados da federação.

Temos portanto um grande complicador, pois nenhum estado pode sonhar em ser grande se o seu povo não tiver o amplo acesso a um tripé formado por educação, informação e comunicação. Sem isso o povo não adquire condições satisfatórias de cidadania para ver outros problemas resolvidos.

Nosso interior tem uma educação de péssima qualidade e infelizmente não temos a disposição as duas outras ferramentas que ajudariam na solução deste problema capital . Se tivéssemos um estado com ampla comunicação e informação, certamente teríamos uma outra realidade educacional no Amazonas.

Investimentos pesados em redes de internet para que o povo do interior possa se comunicar com o mundo e consequentemente se informar melhor, com toda certeza trariam melhorias concretas no processo educacional do Amazonas.

Sonho com o dia em que nosso estado será bem avaliado nos exames nacionais, mas sei que essa fronteira só será ultrapassada se além de investirmos pesado em educação associarmos esses investimentos a informação e comunicação.

Enquanto deputado, viabilizei R$12,5 milhões para que o prefeito de Manaus construísse 220 centros de inclusão digital na periferia da cidade. O dinheiro esta na conta a quase dois anos e praticamente nada foi feito. Dessa forma nunca chegaremos ao topo da educação. E sem educação, não existe cidadania. E dessa forma continuaremos no mesmo ciclo vicioso que move a sociedade. Políticos fingindo que trabalham e o povo reclamando.

É isso que queremos?

Até quinta

Marcelo Serafim é deputado Federal pelo PSB-AM e farmacêutico. marcelocserafim@hotmail.com e http://twitter.com/_marceloserafim