As manchetes desta segunda, 11 de maio

O Globo: Petrobras será convocada a explicar manobra contábil

Procuradoria e Senado pressionam. Rio diz que perdeu R$ 800 milhões

O Senado e o Ministério Público Federal (MPF) vão cobrar explicações à Petrobras sobre o artifício contábil usado pela estatal para deixar de recolher R$ 4,38 bilhões em tributos aos cofres públicos. A manobra afetou o caixa de União, estados e municípios desde dezembro de 2008. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) quer que o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, vá à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Já o procurador do MPF junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus Marciso, classificou como grave o recurso usado pela Petrobras para pagar menos impostos. Nesta quarta-feira, secretários de Fazenda estarão em Brasília para reunião do Confaz onde pretendem discutir perdas que somam R$ 227,4 milhões só de compensações da Petrobras no primeiro trimestre. O governo do Estado do Rio também briga para receber R$ 800 milhões que a companhia estaria devendo em participações especiais, informou o chefe da Casa Civil do estado, Régis Fichtner.

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Folha de S. Paulo: Juros caem, mas bancos sobem taxa dos fundos

Ganhos com administração no ano passado só perdem para os de 2006

Mesmo com a queda dos juros, que diminui a rentabilidade das aplicações, as taxas de administração cobradas dos investidores em fundos subiram no ano passado.

Estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra que a taxa de administração média dos fundos ficou em 2,03%. Nesta década, ela só perde para 2006, quando chegou a 2,71%. Para especialista, se o investidor não reclamar, os bancos nada mudarão.

Em 2008, bancos ganharam R$ 17 bilhões com as taxas de fundos, cujo patrimônio atingiu R$ 1,09 trilhão.

Economistas dizem que os fundos terão de mudar com a redução de juros, com corte de custos, ganho de eficiência e taxas de administração menores para os produtos mais simples.

A Anbid (associação de bancos de investimentos) afirma que esse tipo de ajuste já está ocorrendo.

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O Estado de S. Paulo: Salário dos servidores sobe mais que o do setor privado

Reajuste para o funcionalismo federal desde 2002 chega a ser 8,5 vezes maior

Os servidores públicos vêm recebendo, nos últimos anos, reajustes salariais bem superiores aos obtidos pelos trabalhadores do setor privado. Entre dezembro de 2002 e fevereiro de 2009, o crescimento médio real dos salários da iniciativa privada ficou em apenas 8,7% em termos reais – descontada a inflação de 43,3% acumulada durante o período. Os números levam em conta trabalhadores com e sem carteira assinada. Já o aumento real da remuneração média dos servidores da ativa no Executivo federal foi, no mesmo período, 8,5 vezes maior, chegando a 74,2%, informa o repórter Fernando Dantas. No Legislativo, a elevação foi de 28,5%. E no Judiciário, de 79,3%. O levantamento foi realizado pelo economista Alexandre Marinis, da Mosaico Consultaria. Os resultados refletem o rendimento bruto total por trabalhador, incluindo o pagamento de gratificações, adicionais e horas extras.

Jornal do Brasil: Gripe suína já atinge 8 no país

O Ministério da Saúde informou ontem que o Brasil já tem oito casos de gripe suína confirmados – seis dos quais com vínculo de viagens internacionais e dois com a doença transmitida dentro do território nacional. Um dos pacientes confirmados foi a mãe do rapaz de 29 anos infectado no Rio de Janeiro por um amigo que esteve no México. O outro caso foi identificado no Rio Grande do Sul. Com dois dos três casos diagnosticados no Rio, moradores da Ilha do Governador estão apreensivos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus já infectou mais de 4.300 pessoas em 29 países. (págs. 1 e Tema do Dia A2 a A4)

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Correio Braziliense: Mais dois casos da gripe no Brasil

Sobe para oito o número de infectados pela gripe suína no país. Os dois pacientes, diagnosticados ontem, são do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. DF investiga nova suspeita: homem de 38 anos está internado no Hran (págs. 1 e Tema do Dia, 18 e 19)

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Valor Econômico: Empresas tentam superar conflitos com obras no Pará

Mineradoras com projetos bilionários no Pará, como a Alcoa e a Vale, passaram a investir em obras típicas de Estado, como a construção de estradas, escolas, postos policiais, rede de saneamento e até um Fórum judicial. As empresas decidiram romper com o antigo paradigma da mineração, em que ficavam enclausuradas em bairros, lucrando bilhões de dólares enquanto a população vivia num cinturão de miséria ao redor. Antes, estatais de mineração assumiam o compromisso de dar a infraestrutura das cidades. Agora, empresas privadas realizam projetos estruturantes para que as comunidades não apenas tenham acesso a condições básicas de saúde e educação, mas possam viver por conta própria sem depender das mineradoras.

Em vez de cobrar do Estado a educação, a moradia e outros itens básicos escassos no Pará, como água, esgoto e energia, as empresas iniciaram projetos próprios e desenvolvem cidades inteiras. A Alcoa reconstrói a cidade de Juruti, provendo asfalto, hospitais e postos policiais. A Vale está criando centrais com escola básica, cursos profissionalizantes e rede esportiva em várias comunidades próximas a seus empreendimentos estratégicos.

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Gazeta Mercantil: Fusões e aquisições em fase de pré-euforia

A queda nos volumes movimentados em fusões e aquisições no início do ano não preocupa especialistas. Embalados com os efeitos do retorno maciço do capital estrangeiro ao País, profissionais ouvidos pela Gazeta Mercantil demonstram consenso otimista sobre o tema. Conformados de que o recuo no volume financeiro será inevitável, os especialistas projetam que o mercado brasileiro deverá fechar 2009 com cerca de 640 operações. O movimento devolverá o Brasil à realidade pré-euforia. Segundo dados da PricewaterhouseCoopers, nos primeiros quatro meses do ano, foram anunciadas 164 operações locais, número 8% acima do mesmo período de 2006, ano a partir do qual o interesse por ativos do País aumentou consideravelmente. “Está claro que o mercado estará testando essa média. Mudamos de patamar a partir de 2005”, afirma Alexandre Pierantoni, sócio da empresa.

Neste início de ano, o setor que mais despertou a atenção de investidores foi o financeiro. Foram 11% do total de transações no período. Mostra desse apetite foi a confirmação, pela gestora global de fundos de private equity Advent International, da aquisição de 30% do capital social da Cetip S.A. — Balcão Organizado de Ativos e Derivativos, por aproximadamente R$ 360 milhões. A operação, confirmada na sexta-feira, é a maior transação de private equity realizada no Brasil no ano e a terceira aquisição do fundo Lapef IV, com US$ 1,3 bilhão levantado em 2008, com foco na América Latina.

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