As enchentes estão castigando a região amazônica. No último fim de semana, fui conferir de perto a situação das cidades amazonenses atingidas pelas cheias dos rios. Estive em vários municípios nas calhas dos rios Madeira e Purus e percebi que nenhum auxílio chegou para milhares de famílias que estão isoladas e desabrigadas.
Logo que cheguei à Brasília, pedi assistência da Defesa Civil Nacional para a liberação de dinheiro, alimentos, colchões e pessoal qualificado para todos os municípios vitimados pelas cheias. Precisamos minimizar o sofrimento da população.
Outro assunto que tomou conta da pauta no Congresso Nacional foi em relação à gripe suína, sobretudo, depois que a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que o alerta no mundo, quanto à disseminação da gripe suína, está muito próximo de atingir o nível 5 (em uma escala que vai até 6, que caracteriza uma pandemia), principalmente, porque seu contágio se dá de pessoa para pessoa.
Preocupado com a expansão da gripe suína, pedi à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que sejam tomadas medidas preventivas e fiscalizatórias na região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia.
Em outros tempos, o Brasil já enfrentou sérios problemas com a epidemia do cólera, que teve início na África e Ásia e chegou ao país, atingindo vários estados das regiões sul, norte e nordeste no início da década de 1990.
Infelizmente, uma das portas de entrada do cólera foi a região do alto Solimões, que faz tríplice fronteira com o Peru e a Colômbia. À época, as pessoas contaminadas com a doença no Peru atravessavam o rio Solimões para se tratar no estado do Amazonas.
Por fim, fui à tribuna do Parlamento criticar decisão do presidente do STF (Superior Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, de suspender as liminares que impediam a publicação da lei municipal que reduz e restringe a meia passagem para estudantes da cidade de Manaus.
Gilmar Mendes agiu como Robin Hood ao contrário: tirou dinheiro dos pobres e deu aos ricos. A redução nas meias passagens será de 120 para 44 por mês. Cerca de 500 mil estudantes fazem uso do benefício em Manaus. O gasto com transporte para as famílias com filhos em idade escolar pode chegar a um total de R$ 420 milhões por ano.
Em Brasília, estamos alerta para que a gripe suína não chegue até nós, brasileiros. Em Manaus, estamos alerta para manter os direitos dos estudantes. No Amazonas, queremos minimizar os sofrimentos dos atingidos pela cheias dos rios.
Até semana que vem!
Marcelo Serafim