Na última semana recebi reclamações de pessoas humildes sobre a falta de remédios nas unidades do município. Infelizmente, as faltas não são pontuais e sim generalizadas.
Com muita preocupação vejo a forma como vem sendo conduzida a política de medicamentos em Manaus. Como farmacêutico, tenho a obrigação de apontar os problemas e mostrar as soluções para o bem da população.
Noticias sobre falta de medicamentos em nosso estado são comuns e o principal motivo para isso é a falta de um bom gerenciamento.
Evoluímos muito na política de medicamentos, mas ainda falta evoluir mais. Na administração passada contratamos mais de 40 farmacêuticos para auxiliarem nesse trabalho. A grande vitória foi o “Remédio Fácil” que distribuía de forma gratuita 62 medicamentos.
Sem uma boa gestão fica difícil manter uma política de medicamentos. É por isso que hoje faltam medicamentos em Manaus. Vejamos:
1. Os atuais gerentes estão mais preocupados com as possíveis falhas do passado do que com o trabalho a ser desenvolvido.
2. A prefeitura de Manaus não fez as compras necessárias para abastecer sua rede e após seis meses ainda usa os estoques do ano passado.
3. Existem recursos exclusivos para a compra de medicamentos, mas não estão sendo usados. Sobram recursos e faltam medicamentos.
4. Querem que os farmacêuticos das unidades gerenciem as UBS´s o que se torna impraticável pelas distâncias e pela falta de estrutura oferecida.
As soluções, embora possam parecer, não são difíceis. Entre outras, cito :
1. Com urgência, comprar os medicamentos em falta.
2. Utilizar os recursos do Fundo Municipal de Saúde, exclusivos para esse fim e ainda não utilizados.
3. Contratar 16 farmacêuticos para os distritos de saúde responsabilizando cada um pela gerência de 10 UBS.
Espero ter contribuído com a atual gestão, da qual sou opositor, a solucionar um grave problema que afeta o nosso povo, principalmente hipertensos e diabéticos que estão sem captopril e metformina.
Até quinta-feira.