Ninguém ousaria duvidar que a ponte sobre o Rio Negro é uma das maiores obras estruturais que nosso estado já recebeu e que proporcionará, principalmente, aos municípios de Iranduba e Manacapuru um aumento de oportunidades.
Iranduba se transformará em uma cidade dormitório de Manaus, onde viverá um bom número de pessoas que buscam a tranqüilidade de uma cidade pequena para viver. Juntamente com isso ganhará uma farta rede de infraestrutura para atender esse novo perfil de moradores.
Manacapuru também terá bons ganhos, principalmente por conta do porto que está sendo construído na cidade, o que fará dela o grande receptor de todas as mercadorias originárias da calha do Rio Solimões que serão descarregadas lá e conduzidas por estrada até Manaus. Obviamente, a estrada que liga Manacapuru à ponte deverá ser recuperada e expandida para poder atender a nova demanda.
Da mesma forma que elogio o projeto e falo de alguns dos importantes benefícios que serão gerados, sou obrigado a fazer algumas considerações a respeito da obra, pois creio que faltou discutir mais com a sociedade organizada.
Devo falar do meu espanto ao ler a reportagem do Jornal Diário do Amazonas que comparou a construção da ponte sobre o Rio Negro com uma ponte feita na China. A de lá tem um custo 2,5 vezes menor do que a de cá, e com a diferença de ter um numero de pistas muito maior que a nossa ponte.
Claramente algo está errado. Ou erraram no projeto ou estão errando na execução, pois não existe explicação lógica para que uma obra praticamente dobre de preço no decorrer de sua execução.
Torço para que a ponte dê certo. Mas ela tem que dar certo em todos os sentidos, caso contrário, teremos um elefante branco no meio do rio que corre o risco de não ser concluído pelas pendências judiciais que a falta de planejamento o descompromisso e os indícios de mal uso do dinheiro público podem provocar nela.
Até quinta!
Marcelo Serafim é deputado federal pelo PSB/AM, email: marcelocserafim@hotmail.com , tel: 9232382835, twitter.com/deputadomarcelo