Arthur disse que tomou conhecimento dos cartões através de pessoas que denunciaram o “esquema” e que agora cabe ao Ministério Público realizar as apurações.
Do portal D24AM:
Manaus – O senador Arthur Virgílio Neto (PSDB), em entrevista coletiva na manha desta sexta-feira (8), apresentou documentos e cartões bancários que afirma terem sido usados para compra de votos durante o processo eleitoral em favor dos candidatos ao Senado, Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB), justamente os que venceram a eleição.
De acordo com Arhur, sua assessoria jurídica entrou com pedido no Ministerio Publico Federal (MPF) para que faça uma avaliação do material recolhido e uma auditoria nas contas da empresa A.C. Nadaf Neto Assessoria em Comércio Exterior, que expediu os cartões usados.
Arthur disse que tomou conhecimento dos cartões através de pessoas que denunciaram o “esquema” e que agora cabe ao MPF realizar as apurações.
No momento da coletiva, cinco pessoas estavam depondo na sede do MPF. De acordo com a assessoria do MPF, ainda nao há previsão para que o caso seja discutido pelo procurador Edimilson Barreiros.
“Meu dever nessa primeira abordagem é mostrar para a população que essa campanha foi maculada por práticas espúrias que denigrem o processo democrático e caberá agora ao MPF apurar e punir as pessoas e instituições envolvidas”, disse Arthur Neto.
Na denúncia, o senador diz que “os beneficiários receberam valores que variavam de R$ 600,00 a R$ 1.200,00 para vota efetuar a compra de votos para os candidatos ao Senado Eduardo Braga e VanessanGrazziotin”.
Quebra de sigilo da empresa A.C Nadaf
De acordo com o Diário Oficial do Município de 28 de setembro, Abrahim Calil Nadaf Neto, titular da empresa A.C. Nadaf Neto Assessoria em Comércio Exterior é servidor da Secretaria Municipal de Finanças e Controle Interno (Semef) e estaria “emprestado” ao Governo do Estado “com ônus para o orgão de origem”.
“O que causa estranheza é um número grande de pessoas recebendo estes cartões. Não sabemos quantos contratos, mas podem chegar a milhares e isso já configura crime de abuso economico”, disse Arthur.
Resposta de Braga, Vanessa e Bradesco
A assessoria de imprensa do senador Eduardo Braga informou que convocará uma entrevista coletiva ainda hoje para responder às acusações de Arthur.
A assessoria do Banco Bradesco prometeu enviar uma nota oficial sobre o caso até o início da tarde de hoje.
Já a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB), senadora eleita, respondeu que é totalmente infundada a acusação dele de que a campanha teria usado cartões do Bradesco para comprar votos.
Ela explicou que todos os seus cabos eleitorais foram contratados, ou seja, assinaram contratos e receberam cartão do Bradesco para facilitar o pagamento, e que o mesmo era individual e intransferível. Se alguém recebeu e repassou dinheiro foi de inteira responsabilidade do contratado. Ela explicou que a sua prestação de contas junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não deixará dúvidas sobre isso.
Nota oficial
Em nota oficial, o senador Arthur Virgílio disse, na íntegra:
1. O mega crime eleitoral envolveu a empresa A.C Nadaf Neto Assessoria em Comércio Exterior, que emitiu, no período da campanha, milhares de cartões de débito e saque no banco Bradesco em favor de supostos cabos eleitorais, fato gravíssimo que maculou o pleito e alterou o resultados das eleições para o Senado, com a compra em profusão de votos.
2. Os beneficiários receberam valores de R$ 600,00 a R$ 1.200,00 para votar e efetuar a compra de votos para os candidatos ao Senado Eduardo Braga e Vanessa Grazziotin. Cada beneficiário seria encarregado comprar entre 10 e 20 votos pelo valor unitário de R$ 50,00, dependendo do valor creditado em seu cartão. Dez votos, por R$ 500,00, vinte votos, por R$ 1.000,00. A diferença era o pagamento por seus “serviços”.
3. As denúncias, com a presença de testemunhas e provas documentais, estão sendo formalizadas neste momento por minha assessoria jurídica ao Procurador Eleitoral, dr. Edmilson Barreiros.
4. Os cartões foram entregues em todos os municípios do Estado, incluindo Manaus, na semana da eleição. Junto com o cartão cada beneficiário recebia uma correspondência do banco com sua senha pessoal para efetuar os saques.
5. Solicitei ao Ministério Público a quebra do sigilo bancário da empresa A.C. Nadaf Netto Assessoria em Comércio Exterior; a investigação de seu vínculo legal com as campanhas dos candidatos envolvidos; que investigue a origem do dinheiro, a existências ou não de contratos de prestação de serviços com todos os beneficiários.
6. Em Coari, a juíza do pleito, considerando suspeita a movimentaçao fora da normalidade nos caixa eletrônicos do Bradesco, determinou a apreensão de vários cartões. Em Parintins, a Justiça Eleitoral efetuou, no domingo da eleição, a detenção da senhora Egren Baranda, flagrada com vários cartões em seu poder, e já notificou o vereador Rai Cardoso que também estaria à frente do esquema delituoso.
7. Os valores distribuidos e a consequente compra de votos me motivam a representar junto ao Ministério Público Eleitoral no sentido de que investigue, profundamente, esses fatos tão graves quanto deprimentes. Está claro o abuso de poder econômico e o crime eleitoral. A Justiça Eleitoral foi ultrajada, a democracia pisoteada. As provas são robustas e incontestáveis.
Minha eleição foi roubada pelo ódio, pela insensatez e e pelo despudor de alguns. Acuso frontalmente o candidato Eduardo Braga de ser o mandante da maior fraude eleitoral da história do Amazonas, em seu favor e da candidata Vanessa Grazziotin. E afirmo: não ficarão impunes.
A sociedade, que está chocada desde a noite de 3 de outubro, saberá agora porque os “vencedores” sequer tiveram ânimo de comemorar a “vitória” do dinheiro sujo”.
QUE VERGONHA, O SENADOR DO AMAZONAS, QUE VENDEU O ICONE DO HOMEM PUBLICO, SERENO, TRANQUILO. PERDEU A ELEIÇÃO E O CARATER. QUER SER SENADOR NA MARRA, NO TAPETÃO. NÃO ACEITA O JULGAMENTO POPULAR E VERGONHOSO.
PS: TAMBEM DEPOIS DE TRINTA ANOS ELE PENSAVA QUE RA O DONO DO VOTO DO POVO. E O PIOR DE TUDO E QUE AGORA ACABOU A MAMATA.
VAI TRABALHAR SENADOR, CHORÃO