O deputado Serafim Corrêa (PSB) apresentou na manhã desta terça-feira, 19, dados da arrecadação do Governo do Estado do Amazonas, do dia 1º de janeiro ao dia 19 de junho, que somam R$ 8,301 bilhões. Os números mostram que há uma previsão de R$ 2,498 bilhões a mais para 2018 em comparativo com o previsto.
“Se pagarmos essa arrecadação até o dia 19 de junho, que é de R$ 8,301 bilhões e dividirmos pelos 170 dias (de 1º de janeiro a 19 de junho), teremos R$ 48,829 milhões por dia. E se multiplicarmos esses R$ 48,829 milhões pelos 365 dias do ano, teremos um montante de R$ 17,822 bilhões. A arrecadação prevista inicial era de R$ 15,324 bilhões, então vamos ter um excesso de arrecadação de R$ 2,498 bilhões em 2018. Portanto, diante de tantas notícias ruins, podemos dizer que o Governo do Estado vive um momento muito bom, porque tem um significativo excesso de arrecadação previsto. Amazonas tem uma situação confortável e quero que essa situação continue”, explicou Serafim.
O líder do PSB disse que o Amazonas tem o menor índice de comprometimento com dívidas em relação a outros estados e que a subida do dólar beneficia a arrecadação.
“A alta na arrecadação está permitindo ao Governo fazer patrocínios fantásticos, como ele tem feito. Quanto ao dólar — porque a maior parte do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) está sobre insumos importados —, quando ele sobe, aumenta a arrecadação e aumenta num percentual muito maior do que as dívidas do Estado. As dívidas existem, mas elas estão parceladas em 25 anos e, portanto, as parcelas mensais, que não podem deixar de serem pagas, cabem perfeitamente no orçamento do Estado. Importante registrar que o Amazonas é um dos estados com o menor índice de comprometimento quanto ao endividamento”, defendeu.
Serafim também falou sobre o polo de componentes da Zona Franca de Manaus e pediu que o titular da Secretaria de Fazenda do Estado do Amazonas (Sefaz-AM), Alfredo Paes, venha à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) prestar esclarecimentos sobre a situação do Amazonas. “O Governo Temer está retirando essas empresas não só de Manaus, mas está retirando as empresas do Brasil. Elas irão para o Uruguai ou para o Paraguai. Esse é um ataque que todos nós repudiamos. Gostaria imensamente que o ilustre secretário da Sefaz viesse à Assembleia para que explicasse a situação do Estado e discutisse a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A arrecadação pode até cair em relação a retirada do polo de componentes, mas o fato é que a arrecadação do segundo semestre do ano sempre é melhor do que o primeiro”, concluiu.
Texto: Luana Dávila
Foto: Marcelo Araújo