Tenho dito que Manaus tem a pior, mais lenta e, por paradoxal que pareça, mais cara internet do Brasil, situação que compromete o desenvolvimento do nosso Estado, posto que, no mundo de hoje, sistema de comunicação é essencial para qualquer atividade produtiva.
Diante dessa realidade, é frustrante ver o Governo Federal anunciar a 1ª fase do Programa Nacional de Banda Larga (PNML) e excluir o Estado do Amazonas, sob o argumento do Presidente da Telebrás de que: “Há grandes dificuldades tecnológicas na região amazônica para implantar a banda larga. Os casos do Amazonas, Amapá, Roraima e Acre são mais complexos porque ainda não há infraestrutura adequada na rede de distribuição de energia para passar os cabos de fibra ótica”.
O argumento do Governo é absurdo e demonstra um total desrespeito com o nosso Estado. Ora, se no Amazonas as dificuldades são maiores, falta infraestrutura, os serviços são mais precários e os preços mais caros, é por aqui que o Plano Nacional de Banda Larga deveria começar!
A lógica da Telebrás de começar por onde tem o melhor atendimento para depois enfrentar o problema do Amazonas é insustentável.
A precariedade da internet no Amazonas impede o acesso dos nossos estudantes as informações disponíveis na rede mundial e compromete o desenvolvimento econômico da nossa região, posto que não há atividade economicamente viável sem sistema de comunicação eficiência e a preço justo.
A Telebrás demonstra um descompromisso com o Brasil ao deixar os Estados com pior qualidade de internet fora da primeira fase do Plano Nacional de Banda Larga. Se falta infraestrutura, que a ela, Telebrás, canalizasse a primeira parcela dos recursos do PNBL para criar a infraestrutura necessária para bem atender o Amazonas.
Importante também registrar a omissão das nossas autoridades diante de tamanho desrespeito com o Estado do Amazonas.
Diante da triste notícia, resta-nos fiscalizar o cumprimento por parte da Oi do prazo para instalação do novo cabo de fibra ótica que está vindo da Venezuela e que se encerrará no dia 31 de dezembro deste ano.
O novo cabo não será a solução definitiva, mas dará maior capacidade, velocidade e segurança da internet em Manaus e, estabelecendo concorrência com a Embratel (a única que detém a fibra hoje), reduzirá o preço aos consumidores.
Vergonhoso! Inércia de um lado e desrepeito do outro. Onde estão os nosssos “insígnes” homens públicos, para lutar pelo estado?
eu já não aguento mais debater este assunto!
Prezado Marcelo,
Não se diz “preço mais caro” (nem mais barato”), mas sim, “mais alto”, ou “mais baixo”. O que pode ser caro ou barato é o que se compra/vende.